Sarney afirma que não há nada que possa mudar regra para mínimo

Sindicalistas querem reajustar valor para R$ 580 e oposição defende R$ 600

Sarney | Arquivo
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O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu nesta terça-feira (8) o salário mínimo de R$ 545, proposto pelo governo. Segundo ele, há uma regra estabelecida ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com as centrais sindicais que toma por base a inflação do ano anterior e o PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos anteriores. No caso 2011, foi computado a inflação de 2010 e o PIB de 2009 que foi praticamente nulo.

É com base nesse crescimento nulo do PIB que os sindicalistas reivindicam um salário mínimo de R$ 580 e o PSDB, de R$ 600. Sarney afirmou que a regra foi firmada entre Lula e as centrais.

- O salário mínimo foi calculado nessa base e não acho que tenha qualquer coisa que possa modificar a regra, acordada entre o governo do presidente Lula e os sindicatos.

Hoje, o ex-presidente e senador Itamar Franco (PPS-MG) deve fazer um pronunciamento sugerindo que o então candidato à Presidência em 2010, José Serra (PSDB), compareça à CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) para explicar quais as medidas que tomaria, caso eleito, para garantir um mínimo de R$ 600, agora bandeira do seu partido no parlamento.

Questionado sobre a iniciativa de Itamar Franco, o presidente do Senado ressaltou que os congressistas têm que se debruçar sobre os números do Orçamento de 2011, aprovado no ano passado, para só então promover qualquer mudança, se for o caso.

- Não podemos arbitrar um valor sem condições orçamentárias. Se desestabilizarmos a economia isso repercutirá de imediato na classe trabalhadora.

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