Dois aliados próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ex-secretário de Comunicação da Presidência e advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, desempenharam papéis cruciais como fiadores, assegurando aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-presidente não faria ataques diretos à Suprema Corte durante o recente ato em São Paulo.
A garantia foi estendida até mesmo ao ministro Alexandre de Moraes, que já foi alvo de ataques diretos por Bolsonaro em eventos anteriores. Durante um encontro na sexta-feira (22), na posse do presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, Tarcísio de Freitas conversou com Moraes, assegurando que Bolsonaro estava "sob controle". No evento, houve até mesmo um comentário em tom de brincadeira sobre o ato de domingo.
A promessa foi cumprida, refletindo a consciência de Bolsonaro de que qualquer declaração fora de tom poderia resultar em consequências legais adversas. Na Avenida Paulista, Bolsonaro defendeu a anistia política para os presos envolvidos nos eventos golpistas de 8 de janeiro, sugeriu esquecer o passado e negou ter tentado um golpe de Estado.
O temor entre os organizadores do evento estava focado nas declarações do pastor Silas Malafaia, que indicava possíveis ataques ao Judiciário e a Alexandre de Moraes. Diante dessa preocupação, aliados pediram a Bolsonaro que interviesse e solicitasse ao pastor que moderasse suas palavras ou até mesmo desistisse de falar no trio elétrico. No entanto, Bolsonaro resistiu a fazer tal apelo.
Malafaia, durante o ato, criticou Moraes, questionando a imparcialidade do ministro e manifestando descontentamento com as declarações de outros membros do STF, alegando que o papel da corte é ser guardiã da Constituição e não combater a extrema-direita ou extrema-esquerda.
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