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Saiba quem é o novo candidato de Jair Bolsonaro ao Senado no Rio de Janeiro

Bolsonaro rompeu com Castro e Bacellar após o episódio, fragilizando a unidade da direita fluminense.

Jair Bolsonaro está atento às movimentações políticas na sua terra, o Rio de Janeiro. | Foto: Reprodução
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Enquanto o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) já se movimenta para garantir sua reeleição ao Senado em 2026, o ex-presidente Jair Bolsonaro articula o lançamento de um segundo nome da sua confiança na disputa pelas duas cadeiras em jogo no Rio de Janeiro. Segundo o colunista Lauro Jardim, o escolhido seria o deputado federal Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara e um dos parlamentares mais próximos e leais ao ex-presidente.

NOME NA PRÓXIMA PESQUISA
Sóstenes já teria conversado com Bolsonaro e deverá ser incluído na próxima pesquisa de intenção de voto encomendada pelo PL ao Instituto Paraná Pesquisas. O movimento é visto como uma tentativa de testar sua viabilidade eleitoral e medir a receptividade de seu nome diante do eleitorado fluminense.

FIÉL ALIADO E DEFENSOR DA ANISTIA
Além da liderança do partido na Câmara, Sóstenes se notabilizou por sua defesa da anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, reforçando seu alinhamento com a base bolsonarista mais radical. Sua eventual candidatura pode tensionar ainda mais o cenário interno do PL no estado.

PORTINHO NA ESPERA, MAS AMEAÇADO
O senador Carlos Portinho (PL-RJ), que também busca a reeleição, aguarda uma manifestação de apoio por parte de Bolsonaro, mas sua situação fica mais incerta diante da possível entrada de Sóstenes na disputa. Com Flávio Bolsonaro praticamente garantido como o principal nome do grupo, o apoio do ex-presidente tende a ser decisivo para a definição da segunda vaga da chapa governista.

CENÁRIO ELEITORAL DISPUTADO
Apesar da força do PL no Rio — atualmente com três senadores (Flávio, Portinho e Romário) — o partido não tem garantia de hegemonia em 2026. Em pesquisa do Instituto Paraná, realizada em maio, Flávio Bolsonaro lidera nos três cenários testados, mas a segunda vaga aparece nas mãos da deputada federal Benedita da Silva (PT), o que indica uma disputa acirrada entre direita e esquerda no estado.

CRISE COM ALIADOS FLUMINENSES
A possível aposta de Bolsonaro em Sóstenes também é reflexo da crise com lideranças da direita no estado, após a saída de Washington Reis (MDB) da Secretaria de Transportes do governo do Rio. A demissão, ocorrida enquanto o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil), governava interinamente o estado durante viagem do governador Cláudio Castro (PL) a Portugal, foi interpretada como um golpe contra o grupo bolsonarista.

ROMPIMENTO COM CASTRO E BACELLAR
Bolsonaro rompeu com Castro e Bacellar após o episódio, fragilizando a unidade da direita fluminense. Washington Reis, ex-prefeito de Duque de Caxias e aliado histórico do ex-presidente, se viu fora do governo e agora planeja disputar o governo do estado em 2026, com apoio declarado de Bolsonaro — mesmo estando inelegível por condenação no STF por crime ambiental.

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