O jantar promovido pela nova ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, com líderes dos partidos da Frente Ampla e do Centrão ocorreu em um clima de confraternização de início de ano, com promessas de rápida execução das metas para garantir a aprovação da agenda do governo.
Os participantes saíram otimistas, acreditando que a ministra assume a missão de pacificar as relações entre o governo e sua base aliada. No entanto, os líderes políticos lembram que a votação do Orçamento Geral da União deste ano será o primeiro grande desafio para Gleisi Hoffmann.
Segundo fontes presentes no jantar, realizado na residência da ministra, ela se mostrou direta e assertiva, adotando um tom conciliador e dando início ao seu trabalho.
Apesar disso, destacaram que a votação do orçamento será um teste crucial para sua habilidade como articuladora política, além de evidenciar seu alinhamento com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na busca pela estabilidade econômica.
O relator do Orçamento, senador Angelo Coronel (PSD-BA), já alertou que o governo precisará fazer ajustes de pelo menos R$ 15 bilhões para adequar os programas Pé de Meia e Vale Gás à Lei Orçamentária, conforme determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).
Embora o PT defendesse que esses programas fossem financiados por fundos, sem necessidade de inclusão no Orçamento, o TCU determinou que os gastos fossem oficialmente incorporados à Lei Orçamentária, decisão que foi apoiada pela equipe econômica.
Na quarta-feira, Gleisi se reunirá com o relator do Orçamento, senador Angelo Coronel, e o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Júlio Arcoverde (PP-PI). Durante o jantar, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), ressaltou a importância de um compromisso com a agenda econômica e a responsabilidade fiscal, o que foi endossado por Gleisi, segundo relatos dos presentes.