Nesta terça-feira (28), senadores da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcaram um almoço em Brasília para traçar a estratégia visando impedir a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), ao Supremo Tribunal Federal (STF). O plano centrará na argumentação de que a escolha de Dino, ex-juiz federal, ex-governador e atual senador licenciado, representa uma indicação "estritamente política" por parte de Lula para a Suprema Corte.
Recentemente, a oposição no Senado conquistou uma vitória ao rejeitar a indicação do defensor público Igor Roque para o comando da Defensoria Pública da União (DPU), interpretando o resultado como um alerta ao governo de que a mesma oposição poderia rejeitar também o nome de Flávio Dino, caso fosse escolhido para o STF.
Segundo fontes da oposição, aproximadamente 35 parlamentares já indicaram que votariam contra a indicação de Dino. Vale ressaltar que, para que sua nomeação seja aprovada pelo Senado, ele necessita do apoio de, no mínimo, 41 dos 81 senadores.
Relatores definidos
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou os senadores responsáveis pela relatoria das indicações de Flávio Dino e Paulo Gonet ao STF e à Procuradoria-Geral da República (PGR), respectivamente.
A tarefa de produzir o relatório sobre o indicado ao STF ficará a cargo de Weverton Rocha (PDT-MA), conterrâneo de Dino no Maranhão. Em conversas anteriores, Weverton expressou elogios à atuação do ministro.
Quanto à relatoria de Paulo Gonet, a responsabilidade será assumida por Jaques Wagner (PT-RJ), líder do governo no Senado. Essa escolha sugere uma inclinação favorável às indicações de Lula para ambas as posições.
Ambas as sabatinas estão programadas para ocorrer em 13 de dezembro.
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