Roseana nega ter mordomo pago pelo Senado

Amaury de Jesus é funcionário do Senado, e frequenta a casa da Governadora

Roseana nega pagamento de mordomo | Divulgação
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Em nota, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB-MA), informa que não possui mordomo em sua casa. Reportagem publicada hoje no jornal "O Estado de S. Paulo", informa que Amaury de Jesus Machado, 51, é funcionário do Senado, mas dá expediente na casa de Roseana no Lago Sul de Brasília desde 2003.

"Na minha casa não existe mordomo. Nunca existiu", diz ela em nota enviada pela Secretaria de Comunicação do Maranhão.

Ela diz ainda que Machado sempre frequenta a sua casa. "Ele sempre vem a nossa casa, onde é recebido como qualquer outro amigo querido. Frequentou e vai freqüentar minha casa."

Atos secretos

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), anunciou ontem a criação de uma comissão de sindicância para apurar as responsabilidades sobre os atos publicados secretamente na Casa Legislativa nos últimos 14 anos.

A comissão terá sete dias para apresentar os resultados dos trabalhos. Portaria assinada nesta sexta-feira por Sarney afirma que a comissão terá como foco investigar denúncia, revelada pela Folha, de que ex-diretores da instituição determinavam o sigilo dos atos da Casa.

Segundo a portaria, a comissão vai ser integrada pelos servidores Alberto Moreira de Vasconcelos Filho, Gilberto Guerzoni Filho e Maria Amália Figueiredo da Luz. Os três servidores do Senado vão ser acompanhados por representantes do Ministério Público e do TCU (Tribunal de Contas da União) nas investigações.

Sarney encaminhou ofícios ao procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, e ao presidente do TCU, Ubiratan Aguiar pedindo que sejam cedidos um membro e um auditor para acompanharem as investigações da comissão

Reportagem publicada ontem pela Folha informa que as ordens para manter atos administrativos secretos no Senado vinham diretamente do ex-diretor-geral Agaciel Maia e do ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi. A afirmação feita pelo chefe do serviço de publicação do boletim de pessoal do Senado, Franklin Albuquerque Paes Landim.

O testemunho contradiz a versão de Agaciel e do presidente do Senado, José Sarney, de que a existência dos atos secretos se trata de "erro técnico". A descoberta dos atos secretos --medida usada para criar cargos ou aumentar salários sem conhecimento público-- foi o estopim da mais recente crise na Casa. Entre 1995 e 2009, o Senado editou 623 atos secretos.

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