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Ronaldo Caiado confirma sua candidatura à presidência em 2026

Governador de Goiás escolhe Salvador para lançamento simbólico em 4 de abril, buscando furar cerco petista no Nordeste

Governador de Goiás, Ronaldo Caiado | Foto: Isac Nóbrega/PR
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), confirmou nesta segunda-feira (1º) sua pré-candidatura à Presidência em 2026, marcando o lançamento oficial para a próxima sexta-feira (4/4), durante recebimento do título de cidadão baiano em Salvador. O evento no Centro de Convenções da capital baiana reunirá aliados como o prefeito Bruno Reis (União Brasil) e o ex-deputado ACM Neto, em claro movimento para disputar o eleitorado nordestino, tradicional reduto do PT.

Estratégia eleitoral e simbolismo

A escolha da Bahia não é casual: Caiado busca apresentar-se como alternativa ao lulismo na região que elegeu Lula (PT) em todos os pleitos desde 2006. "É hora de virar a página e escrever um novo capítulo", declarou o governador, que já disputou a Presidência em 1989 – ano da vitória de Fernando Collor –, mas agora chega fortalecido por quatro anos à frente do executivo goiano.

O fio tênue com Bolsonaro

O anúncio ocorre em meio a uma reaproximação calculada com o ex-presidente Jair Bolsonaro, com quem Caiado manteve conversa telefônica após o ato pró-anistia no Rio. Apesar de o governador considerar que Bolsonaro "não está fora do baralho", aliados garantem que o contato não significa aliança – tanto que o ex-presidente marcou para o mesmo dia um almoço com Ratinho Júnior (PSD-PR), sinalizando concorrência no campo centro-direita.

Desafios pela frente

Enquanto Caiado tenta se projetar nacionalmente, seu discurso de "endireitar o Brasil" enfrenta obstáculos:

  • A inelegibilidade de Bolsonaro até 2030, que fragmenta o eleitorado conservador;

  • A necessidade de furar o monopólio petista no Nordeste;

  • O fantasma de sua performance em 1989, quando obteve apenas 0,5% dos votos.

O evento em Salvador será o primeiro teste de fôlego nacional do governador, que precisará equilibrar retórica antiestablishment com propostas concretas – sem alienar nem bolsonaristas nem moderados. Enquanto isso, o PL já sinaliza: Bolsonaro, mesmo réu no STF, não deixará o palco sem luta.

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