O deputado Marcos Rogério (DEM-RO), relator do processo de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta feira que manterá a recomendação da pena de perda de mandato no processo de quebra de decoro do presidente afastado da Câmara.
Ontem o relator pediu para para analisar o voto em separado apresentado pelo aliado de Cunha, deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) que muda a pena, punindo-o com suspensão por três meses do exercido do mandato.
Foi marcada para terça-feira, às 14h30, a sessão para votar parecer do relator. O advogado de Cunha informou há duas semanas que não poderia participar nesta data. Se houver formalização, há possibilidade que a data seja alterada para quarta-feira.Segundo o relator, Bacelar reconhece em seu voto que Cunha omitiu informação, ou seja, incorreu em crime, mas requalifica a pena.
O relator disse que mantém a pena de cassação é que deverá entregar, ainda hoje a análise dele sobre o voto em separado.O presidente do conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), adiou a votação do parecer que pede a cassação do mandato de Cunha. O adiamento foi feito diante da perspectiva de derrota do parecer, já que a deputada que tem o voto considerado decisivo — Tia Eron (PRB-BA) — não compareceu à reunião.Em nota, Eduardo Cunha reagiu com irritação e classificou o ato de Araújo como "manobra espúria".