Diante da expectativa envolvendo a proposta de Reforma da Previdência a ser encaminhada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao Congresso Nacional. As novas regras terão o desafio de minimizar o déficit previdenciário no país, que chegou a mais de R$ 195 bilhões ano passado. No Piauí, os dados do INSS ainda estão incompletos, no entanto, a variação mensal no déficit do Regime Geral varia de R$ 460 milhões a R$ 500 milhões. Em março,a diferença entre o valor arrecadado e o gasto foi de R$ 489,2 milhões, já em junho o valor chegou a R$ 495 milhões. No último mês de dezembro, os mais de 662 mil benefícios concedidos em solo piauiense exigiram a despesa de R$ 662,301 milhões pelo INSS, o valor arrecadado não foi divulgado.
No ano passado, a despesa com benefícios cresceu 5,2% . No Brasil, o montante pago em 2018 chegou a marca de R$ 586,4 bilhões. A arrecadação, por sua vez, subiu 4,4%, somando R$ 391,2 bilhões. Os valores são nominais, isto é, não consideram a inflação do período.
Em 2018, a despesa com benefícios do RGPS correspondeu a 8,6% do Produto Interno Bruto (PIB) projetado para o ano passado. Já a arrecadação líquida foi equivalente a 5,7% do PIB e o déficit, a 2,9%.
Em valores corrigidos pela inflação, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de dezembro de 2018, o déficit acumulado pela Previdência, no ano passado, foi de R$ 197,8 bilhões, acréscimo de 4% em relação a 2017. A despesa totalizou R$ 594 bilhões, e a arrecadação, R$ 396,2 bilhões.
O resultado também leva em conta o pagamento de sentenças judiciais e a Compensação Previdenciária (Comprev) entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) de estados e municípios.