Redução de gastos depende dos três poderes, diz Sarney

“Eu acho que os números [da economia] estão dentro dos parâmetros projetados“, disse ele

José Sarney | Divulgação
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O presidente do Senado, senador José Sarney (PMDB-AP), não garantiu nesta quinta-feira (25) que o Congresso irá sucumbir às pressões do Executivo de evitar a aprovação de projetos que impliquem em impacto nos cofres públicos. A redução de gastos, segundo ele, só será possível se houver um ?esforço? comum dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).

?Eu acho que não se pode falar em redução de gastos, se falando de um poder só: do Executivo nem se falar só do Judiciário nem falar só do Legislativo. Tem que falar num esforço comum e uma política a ser seguida pelo Estado e envolve, então, todos os Poderes?, defendeu o senador.

?Eu acho que os números [da economia] estão dentro dos parâmetros projetados. De maneira que não há nenhum indicativo a temer que estes números possam sair de controle?, afirmou o parlamentar ao chegar ao Congresso.

Nesta quarta-feira (24), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez um apelo ao Congresso para auxiliar na política de contenção de gastos que a presidente eleita Dilma Rousseff pretende concretizar no próximo ano.

O pedido de Mantega foi feito ontem durante a primeira entrevista coletiva após a formalização da indicação do atual ministro da Fazenda para permanecer no cargo, além das novas indicações da coordenadora do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Miriam Belchior, para assumir a pasta do Planejamento e o atual diretor de Normas do Banco Central, Alexandre Tombini, para presidir o Banco Central ? que ainda precisa ser submetido ao Senado para aprovação. Entre os projetos citados pelo ministro estão a PEC 300 ? que estabelece um piso nacional aos policiais militares e bombeiros (que impactaria em R$ 46 bilhões); o reajuste do salário dos parlamentares e dos aposentados que recebem acima de dois salários mínimos.

Sarney, no entanto, destacou que o Legislativo vai acompanhar a política do governo, sobretudo, porque a maioria do Congresso faz parte da base governista.

O peemedebista também elogiou a indicação do novo trio e disse que a escolha representa a continuidade da política econômica da gestão petista ?que tem dado certo?.

?Os nomes apresentados demonstram justamente isso: de manter a política de austeridade econômica, superávit primário e, ao mesmo tempo, controle da inflação. A economia está num patamar no Brasil, que está fora da crise econômica mundial?.

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