O governador do Piauí, Rafael Fonteles, destacou as prioridades de sua gestão à frente do Consórcio Nordeste, entidade que reúne os nove governadores da região. Entre os principais objetivos estão fortalecer a colaboração com o Governo Federal, defender os interesses dos estados nordestinos, promover a troca de experiências bem-sucedidas e focar na transição energética. A declaração foi feita durante entrevista a um canal de comunicação nacional nesta terça-feira (18).
“O nosso objetivo é fortalecer a parceria com o Governo Federal e garantir que os interesses da região sejam devidamente representados nos Ministérios, no Congresso Nacional e nos Tribunais Superiores. Também queremos fomentar a troca de boas práticas, pois o consórcio tem a missão de reduzir a curva de aprendizado entre os estados, replicando políticas públicas bem-sucedidas de um para o outro”, explicou Fonteles.
O governador também ressaltou que sua administração se dedicará a fortalecer o Consórcio Nordeste, com especial atenção à área econômica. Em declarações anteriores, ele já havia reafirmado seu compromisso de buscar mais recursos para a região, com o objetivo de reduzir as desigualdades em relação às demais partes do Brasil e impulsionar o desenvolvimento regional.
Outro ponto destacado na entrevista foi a transição energética, considerada por Fonteles como um dos maiores trunfos do Nordeste para impulsionar o seu desenvolvimento. “O Nordeste é o maior produtor de energia renovável do Brasil, com destaque para a eólica e solar. A região tem, ainda, todo o potencial para liderar projetos de hidrogênio, o que poderia impulsionar uma neoindustrialização, com geração de empregos de qualidade e alinhada com as questões ambientais, como a descarbonização do planeta. O Nordeste está posicionado para ser o grande beneficiário dessa transição energética, tanto no Brasil quanto na América do Sul. Esse é um dos temas prioritários do Consórcio Nordeste”, afirmou.
Alinhado com esse compromisso, o presidente do consórcio revelou que já houve diversas reuniões com o Ministério de Minas e Energia e com outros órgãos envolvidos no sistema elétrico brasileiro, para garantir que não haja obstáculos na geração e nem no consumo de energia renovável.
“Só o Piauí produz sete vezes mais energia do que consome, com 7 GW de energia 100% limpa. O excedente é exportado para outras regiões do país. Nosso objetivo é que essa energia, além de gerada no Piauí, seja consumida aqui. Essa lógica deve se aplicar a todos os estados nordestinos, pois quem tem essa energia verde e barata tem tudo para industrializar a sua região e o seu estado”, concluiu Rafael Fonteles.