'Queria ter a chance de dizer que errei': Doria tenta selar a paz com Lula

Tentativa de aproximação com o petista fez parte de um circuito de reconciliação que Doria tem feito e que já passou por Alckmin, Rodrigo Garcia e Bruno Araújo

João Dória e Lula | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil e Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Geraldo Alckmin deixou o anexo do Planalto e foi ao gabinete presidencial no terceiro andar, onde encontrou Lula almoçando. Sua missão era entregar uma carta assinada por João Doria, ex-governador e antigo rival do presidente.

Na mensagem, Doria reconhecia ter cometido “exageros e equívocos” com Alckmin, com quem pouco antes, em dezembro de 2023, havia se reconciliado, mas também com Lula. “Queria ter a chance de dizer que errei”, escreveu na mensagem, segundo relato de pessoas próximas ao petista. 

LULA RECONHECEU O GESTO

Lula leu a carta e reconheceu o gesto, mas disse que, embora pudesse perdoar Doria, tornar-se amigo já seria exagero. A aproximação de Doria com o presidente fazia parte de um circuito de reconciliação iniciado meses antes, no qual ele também reatou com Alckmin, Rodrigo Garcia e Bruno Araújo, antigos aliados. 

APOIO À REDE DE NEGÓCIOS

A movimentação de Doria para refazer laços políticos brinca com o bordão “João trabalhador”, que o levou à prefeitura de São Paulo em 2016. Segundo ele, o foco agora não é retornar à política, mas formar uma frente ampla em apoio à rede de negócios que expandiu desde 2022, após deixar a corrida presidencial e reassumir o grupo Lide. 

Doria, no entanto, não quer se afastar dos políticos. Pelo contrário: seu sucesso há duas décadas veio da criação de um negócio que combina grandes eventos, defesa dos interesses da iniciativa privada e, sobretudo, acesso ao poder.

(Com informações do O Globo)

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