Quem é Ramagem, aliado que gravou conversa usada como prova contra Bolsonaro

A PF aponta que Ramagem e Carlos Bolsonaro estão à frente de uma organização criminosa que operava na clandestinidade

Montagem mostra ex-presidente Jair Bolsonaro, senador Flávio Bolsonaro e ex-diretor-geral da Abin Alexandre Ramagem | Montagem/MeioNews
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Um áudio gravado por Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), expôs práticas de tráfico de influência no governo Bolsonaro. O documento revela tentativas claras de Ramagem em obstruir investigações relacionadas ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o escândalo das "rachadinhas". A Polícia Federal aponta que Ramagem e Carlos Bolsonaro (PL-RJ) estão à frente de uma organização criminosa que operava na clandestinidade, consolidando um esquema de espionagem e ataque a adversários políticos.

Ex-presidente Jair Bolsonaro e senador Flávio Bolsonaro - Foto: Reprodução

início da carreira na PF

Ramagem, que iniciou sua carreira na PF em 2005, já havia se destacado em operações importantes como a Lava-Jato e eventos internacionais. Em 2018, ele se tornou próximo do círculo Bolsonaro ao chefiar a segurança de Jair durante as eleições. A relação se intensificou após Ramagem ser nomeado assessor da Secretaria de Governo em março de 2019, fortalecendo laços com Carlos Bolsonaro, que buscava criar uma "Abin paralela" para atender a interesses políticos.

sistema de espionagem ilegal

A revelação da tentativa de montagem de um sistema de espionagem não oficial foi corroborada por Gustavo Bebianno, ex-secretário geral da Presidência. Em uma entrevista, Bebianno afirmou que Carlos Bolsonaro articulava a criação da Abin paralela logo nos primeiros meses do governo, destacando a resistência de figuras como o general Santos Cruz, que alertaram sobre as consequências legais de tal ação. A relação de Carlos com Ramagem foi descrita como uma aliança estratégica para controle de informações e desinformação.

Ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem - Foto: Reprodução

Abin usada para fins pessoais

Com a demissão de Santos Cruz e a nomeação de Ramagem como diretor da Abin, a criação de um "sistema particular" de informações se concretizou. Em abril de 2020, Jair Bolsonaro afirmou ter um modelo de informações que superava o oficial, indicando que a Abin estava sendo usada para fins pessoais e políticos. A situação levanta questões sobre a integridade das instituições e a necessidade de maior fiscalização sobre os atos do governo.

Para mais informações, acesse meionews.com

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