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Quem é o pastor e deputado federal acusado pela esposa de traição e abandono

Antônia Lúcia tornou públicas as queixas contra o marido nas redes sociais, reacendendo o debate sobre a vida pública e privada do pastor, um dos nomes mais influentes da política evangélica no Congresso.

Silas Câmara está envolvido numa polêmica com a ex-esposa. | Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
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O deputado federal Silas Câmara (Republicanos–AM) voltou ao centro das atenções depois de ser acusado de traição e abandono pela esposa, a também deputada Antônia Lúcia (Republicanos–AC), com quem manteve um casamento por 33 anos.

A parlamentar tornou públicas as queixas contra o marido nas redes sociais, reacendendo o debate sobre a vida pública e privada do pastor, um dos nomes mais influentes da política evangélica no Congresso.


TRAJETÓRIA POLÍTICA E RELIGIOSA

Silas Câmara exerce mandato na Câmara dos Deputados desde 2003 e figura como um dos integrantes mais tradicionais da representação evangélica em Brasília. Ele já comandou por quatro ocasiões a Frente Parlamentar Evangélica, grupo de atuação decisiva em pautas de costumes e de influência religiosa no Legislativo.

De acordo com sua biografia oficial na Câmara, o deputado é teólogo, jornalista, pastor da Assembleia de Deus e empresário no setor de rádios e televisão. Ele é um dos fundadores da chamada bancada evangélica e atualmente preside a Comissão de Comunicação da Casa.


CASSAÇÃO NO TRE-AM

Em 31 de janeiro de 2024, o TRE-AM cassou o mandato de Silas Câmara por captação ilícita de recursos e abuso de poder econômico na eleição de 2022.
O tribunal apontou que os gastos com voos chegaram a 12,73% dos R$ 3,1 milhões utilizados na campanha — cerca de R$ 396,5 mil — e que parte dessas despesas não teria relação direta com a disputa eleitoral.

A decisão também afetou o deputado Adail Filho (Republicanos–AM), eleito graças ao coeficiente eleitoral puxado por Silas. Com a nulidade dos votos do parlamentar cassado, Filho deixaria de atingir a votação mínima necessária.

Apesar da condenação em primeira instância, Câmara permaneceu no cargo após análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


RACHADINHA E ACORDO COM A PGR

Outro episódio relevante envolve a confissão de Silas Câmara no crime de peculato por promover uma rachadinha com salários de assessores. O deputado firmou um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com a PGR, admitindo o esquema e pagando uma multa de R$ 242 mil. Com o acerto, o processo que tramitava no STF foi extinto.


OUTRAS CONTROVÉRSIAS

O parlamentar acumula ainda denúncias por falsificação de documentos, que originaram uma acusação formal de falsidade ideológica. Ele também já foi alvo de investigações por corrupção passiva e por supostas irregularidades na administração de sua rede de TV no Amazonas.

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