Quem é o homem que deve virar réu por ameaçar Lula e ministros do STF

Ivan Rejane chegou a ficar preso por mais de um ano após gravar vídeos e trocar mensagens com teor antidemocrático.

Ivan Rejane | Reprodução
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou a favor de tornar Ivan Rejane Fonte Boa Pinto réu por associação criminosa e incitação ao crime, devido ao seu suposto envolvimento em atos antidemocráticos.

A acusação da Procuradoria-Geral da República está sendo analisada pela Primeira Turma do STF em plenário virtual, com os ministros podendo registrar seus votos até o dia 19.

Ivan chegou a ser preso por mais de um ano após fazer ameaças ao presidente Lula e a ministros do STF.

Na denúncia, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que as provas reunidas demonstram "a adesão do denunciado ao movimento antidemocrático". Como relator, Alexandre de Moraes destacou que a denúncia apresenta os elementos necessários para a abertura de uma ação penal contra Ivan Rejane.

"O denunciado, conforme narrado na denúncia, convocava as pessoas em suas redes sociais a invadir e fechar o Supremo Tribunal Federal, além de veicular notícias fraudulentas acerca da higidez do sistema eleitoral, no intuito de modificar abruptamente o regime vigente e o Estado de Direito, a insuflar 'as Forças Armadas à tomada do poder' e a população, à subversão da ordem política e social, gerando, ainda, animosidades entre as Forças Armadas e as instituições republicanas", escreveu.

No voto, o ministro ressaltou que "não é qualquer manifestação crítica que poderá ser tipificada pela presente imputação penal, pois a liberdade de expressão e o pluralismo de ideias são valores estruturantes do sistema democrático, merecendo a devida proteção".

"Contudo, tanto são inconstitucionais as condutas e manifestações que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, indispensável ao regime democrático, quanto aquelas que pretendam destruí-lo, juntamente com suas instituições republicanas, pregando a violência, o arbítrio, o desrespeito à Separação", afirmou Moraes.

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