De acordo com o anúncio feito pelo ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, o economista Marcio Pochmann, membro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde 2011 e professor voluntário da Unicamp, assumirá a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Marcio Pochmann tem em seu histórico duas candidaturas a prefeito de Campinas (SP), porém, apesar disso, não foi eleito em nenhuma das ocasiões.
Em outubro de 2020, o economista Marcio Pochmann fez uma crítica ao PIX, programa de transferências online que foi lançado um mês depois. De acordo com ele, o PIX seria mais um "passo na via neocolonial em que o Brasil já se encontra ao continuar seguindo o receituário neoliberal".
"Na sequência vem a abertura financeira escancarada com o real digital e a sua conversibilidade ao dólar. Condição perfeita ao protetorado dos EUA", completou Pochmann, no Twitter.
O economista Marcio Pochmann possui uma sólida formação acadêmica. Ele é graduado em ciências econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e obteve o título de doutor pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em 1993.
Ao longo de sua carreira acadêmica, em 2000, alcançou a posição de professor livre docente pela Unicamp e, posteriormente, em 2014, tornou-se professor titular da mesma universidade. Em 2020, aos 61 anos de idade, Pochmann se aposentou na Unicamp, porém, continuou como professor colaborador.
No entanto, devido à sua nomeação como presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o próprio Instituto de Economia informou que Pochmann deverá ser desligado da posição de professor colaborador pelo tempo que permanecer no cargo de presidência do IBGE. O indicado pelo governo para o IBGE também publicou mais de 60 livros ligados à economia. Em 2002, venceu o prêmio Jabuti na categoria Economia, Administração, Negócios e Direito, com o livro A Década dos Mitos.
Pochmann tem intensa atuação política, especialmente em Campinas - quando foi derrotado em duas eleições para prefeito. O economista também tentou vaga como deputado federal em 2018, quando ficou na suplência. Em nota, o PT de Campinas defendeu a decisão do governo de indicá-lo para presidência do IBGE. "A vida acadêmica e profissional de Márcio demonstra que será um grande acerto do Governo Lula", comunicou em nota.