Quaest: Lula lidera isolado e Marçal ultrapassa Tarcísio na corrida presidencial

Após a inelegibilidade de Bolsonaro, os votos da direita se dispersam entre Marçal e Tarcísio, enquanto Lula mantém forte apoio entre seus eleitores.

Lula, Pablo Marçal e Tarcísio de Freitas foram testados em pesquisa Quaest. | Reprodução/Facebook
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Uma pesquisa divulgada pela Genial/Quaest no domingo, 13, revela a força crescente de Pablo Marçal (PRTB) em uma possível corrida presidencial para 2026, superando numericamente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O presidente Lula (PT) continua liderando com ampla vantagem.

No cenário pesquisado, Lula aparece com 32% das intenções de voto, seguido por Marçal com 18% e Tarcísio com 15%. A pesquisa tem uma margem de erro de 2 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%. As entrevistas foram realizadas com 2.000 eleitores em todo o país, entre 25 e 29 de setembro, antes do episódio em que Marçal divulgou um laudo falso contra Guilherme Boulos (PSOL), dois dias antes das eleições para a prefeitura de São Paulo.

FRAGMENTAÇÃO DA DIREITA

O levantamento reflete a fragmentação da direita e extrema-direita após a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL). Lula mantém o apoio de 71% dos eleitores que votaram nele no segundo turno de 2022, enquanto os votos de Bolsonaro se dispersam entre Marçal (33%) e Tarcísio (32%). Ainda há 11% de indecisos entre os eleitores de Lula e 18% entre os de Bolsonaro.

Analisando as intenções de voto por região, Lula demonstra sua tradicional força no Nordeste, enquanto Marçal surpreende ao apresentar um desempenho mais que duas vezes superior ao de Tarcísio na região.

Outra questão abordada na pesquisa foi sobre quem seria o candidato mais forte contra Lula na ausência de Bolsonaro. Marçal lidera com 15%, tecnicamente empatado com Tarcísio (13%) e Michelle Bolsonaro (PL) com 12%. No entanto, uma grande parcela, 49%, dos entrevistados não soube ou não quis responder a essa pergunta.

De acordo com Felipe Nunes, diretor da Quaest, a pesquisa revela dois efeitos das eleições municipais: “Marçal nacionalizou seu nome e surgiu um novo personagem no eleitorado antipetista para disputar o espólio de Bolsonaro.” Nunes também observa que “Michelle, Tarcísio e Marçal têm o mesmo percentual de força para enfrentar Lula em 26 na avaliação do eleitorado de Bolsonaro”, o que, segundo ele, representa um desafio para outras figuras como Zema, Caiado e Ratinho, caso decidam disputar em 2026.

Apesar do crescimento de Marçal, ainda é incerto se ele estará elegível para concorrer devido a pendências com a Justiça Eleitoral. Além disso, a pesquisa indica um aumento na proporção de brasileiros que acreditam que Lula não deveria tentar a reeleição, subindo de 53% em julho para 58%. 

“A pesquisa não tem muitos elementos para explicar o porquê, mas grupos de qualitativas com esse grupo podem ajudar a entender”, finaliza Nunes.

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