O diretório nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou, nesta segunda-feira (17), uma alteração em suas regras internas para permitir que parlamentares que já estão no terceiro mandato possam disputar a reeleição em 2026. A decisão, divulgada pela CNN Brasil, também se estende aos dirigentes da legenda que ocupam cargos na executiva nacional, removendo o limite anteriormente imposto de três mandatos consecutivos.
Impacto no Legislativo
A medida tem impacto direto sobre aproximadamente 30 deputados federais que já acumulam três mandatos e, agora, poderão concorrer novamente. No Senado, o limite de dois mandatos consecutivos também foi extinto, ampliando as possibilidades de continuidade política dentro do partido.
A votação gerou intensos debates e divergências entre os membros do diretório nacional. No entanto, a corrente liderada pela presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, conseguiu aprovar a mudança por 60 votos a 27, consolidando sua posição dentro do partido.
Novo modelo de eleição interna
Além da flexibilização dos mandatos, o PT também decidiu modificar a forma de eleição de sua direção. O partido voltará a adotar o voto direto de todos os filiados para a escolha dos dirigentes, retomando um modelo de maior participação interna. A próxima eleição para a diretoria nacional está marcada para o dia 6 de julho.
Favoritismo na disputa interna
Com as mudanças no processo de escolha da nova direção partidária, o nome do ex-ministro e ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, desponta como favorito para assumir a presidência do PT. Seu histórico dentro da legenda e sua proximidade com lideranças influentes do partido aumentam as chances de sua vitória no pleito interno.