PT decide hoje se lança candidatura própria

Para Fábio Novo, se for necessário fazer uma votação as tendências que apoiam Dias ainda terão maioria.

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A decisão da Executiva do Partido dos Trabalhadores, que reafirmou o apoio da sigla ao caminho indicado pelo governador Wellington Dias (PT) na escolha do candidato que representará as 12 legendas da base aliada na disputa para o Governo do Estado este ano, poderá ser modificada hoje na reunião do diretório estadual. De um lado, a ala radical do PT, liderada pelo deputado federal Nazareno Fonteles, rejeita que o partido apoie qualquer outro candidato que não seja o secretário estadual de Educação, Antônio José Medeiros. Do outro lado, o presidente regional do PT, o deputado estadual Fábio Novo, comanda o grupo que deseja respeitar a indicação do governador, mesmo que ela tire dos petistas o cabeça de chapa.

O presidente da Cepro (Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí) e membro do PT, Oscar de Barros, questiona ?quando o PT disse que apoiaria outro nome??. Segundo ele, o partido sempre se posicionou com candidato próprio.

?Não estamos sendo contraditórios e nem temos desejo de confrontação com o governador. Só não consigo entender por que um partido que lidera o progresso administrativo no Estado e tem a aceitação popular que possui, na hora da sucessão diz que é outro que dará continuidade ao projeto?, argumenta Oscar.

O diretório regional é composto de 45 membros. A formação é proporcional à votação obtida pelos candidatos que concorreram à presidência e, nesse caso, o poder de decisão é dividido entre cinco correntes: Movimento PT, que conta com a deputada estadual Flora Izabel; Articulação Esquerda, comandada deputado estadual Cícero Magalhães, e Democracia Socialista, liderada pelo vereador Dudu, apoiam Dias como candidato ao Senado e aceitam que o nome escolhido pela base não seja do PT.

Já a tendência Articulação Pela Base, liderada pelo presidente do Detran, Jesus Rodrigues, e por Oscar de Barros, quer Wellington no Senado, mas não abre mão de Antônio José como candidato a governador.

A última corrente, do presidente do PT e de Wellington Dias, Articulação Unidade na Luta, também tem como integrantes a secretária estadual de Administração Regina Souza, o secretário de Saúde Assis Carvalho, Medeiros e o próprio Nazareno que, assim como o deputado estadual João de Deus, discordam da condução do processo sucessório feita por Dias.

Para Fábio Novo, se for necessário fazer uma votação com o objetivo de alterar a decisão de respeitar os critérios defendidos pelo governador, as tendências que apoiam Dias ainda terão maioria.(S.B.)

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