Os deputados do PSOL, Guilherme Boulos e Sâmia Bomfim, tomaram medidas em resposta à declaração do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acionando o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Eduardo Bolsonaro fez uma comparação entre professores e traficantes.
Sâmia Bomfim solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigue possíveis crimes contra a liberdade acadêmica e abuso da liberdade de expressão, que poderiam resultar em danos coletivos para os professores brasileiros. Boulos anunciou pelas redes sociais que vai apresentar uma representação no Conselho de Ética da Câmara. "Esse insulto a todos os professores brasileiros não pode ficar impune!", escreveu.
EDUARDO BOLSONARO
Durante um evento a favor do direito às armas que ocorreu neste domingo, dia 9, em Brasília, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, fez uma analogia entre "professores doutrinadores" e traficantes de drogas. Em seu discurso dirigido aos participantes do evento, Bolsonaro criticou o Ministério da Justiça, fez comentários sobre a situação na Venezuela e estabeleceu uma comparação entre professores e traficantes de drogas.
"Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez o professor doutrinador seja pior", afirmou.
O Encontro Nacional pela Liberdade, organizado pelo Movimento Proarmas e que teve lugar em Brasília, contou com a participação do deputado federal Marcos Pollon (PL-MS), fundador do movimento. Segundo informações divulgadas no portal oficial do Movimento Proarmas, o grupo assegurou que o evento foi uma "atividade segura", autorizada pelas autoridades do Distrito Federal. Durante o evento, o parlamentar expressou seu apoio à conexão entre os acontecimentos ocorridos em 8 de janeiro e o Movimento Proarmas, considerando essa associação como algo positivo.
"Na CPI do 8 de janeiro, vi pró-armas recebendo um ataque e pessoas tentando vincular o [movimento] pró-armas ao 8 de janeiro. Sabe o que isso significa? Que vocês estão fazendo um excelente trabalho", completou.
Após assumir a presidência em janeiro, Luiz Inácio Lula da Silva revogou várias medidas implementadas durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo a política de armas. Entre essas mudanças, destaca-se a suspensão de novos registros de clubes de tiro e de colecionadores, atiradores e caçadores (conhecidos como CACs). Além disso, houve uma redução no limite de armamentos que cada indivíduo pode adquirir, passando de seis para três.