O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou nesta quinta-feira (4) que o PSB quer ajudar no diálogo entre o governo de Dilma Rousseff e a oposição. Campos esteve reunido com parlamentares eleitos e releitos do partido, em Brasília.
"O PSB deve e vai contribuir para que a gente possa descongestionar a área do debate político, possa dar sequência ao que Dilma falou já no domingo (31), de estender as mãos aos adversários, desmontar os palanques e poder contribuir para o diálogo na vida brasileira", disse.
Segundo ele, essa ajuda deve se dar em estados específicos. "Como nós temos alguns estados em que o PSB foi parceiro inclusive na eleição do projeto estadual do PSDB, como Alagoas e Paraná e como fomos com o governador Aécio [Neves, em Minas Gerais], nós queremos conversar para ajudar a termos um ambiente de diálogo no Congresso, nesses governos dos estados e no governo federal", afirmou.
Campos ressaltou, no entanto, que a negociação de cargos entre partidos e também com a oposição é menos importante que a questão da saúde. "O que o PSB quer colocar na ordem do dia do debate brasileiro é o que a população deseja ver discutido depois da eleição. Em vez de estar discutindo nomes, brigas de partido, a gente tem um problemasso, que é o problema da saúde", ressaltou. Mais cedo, antes do início da reunião, ele havia chegado a comentar sobre a possibilidade de se recriar a CPMF, integral ou parcialmente.
Ao sair do encontro, ele reforçou o que havia dito antes e disse que o partido vai discutir a regulamentação da emenda 29, que cria a Constribuição Social para a Saúde (CSS). "Melhorar a qualidade do gasto é um desafio, mas nós precisamos de mais dinheiro na saúde. Se para isso for necessário votar uma contribuição social específica sobre movimentação financeira, nós haveremos de fazer isso", afirmou.