Próximo presidente do TSE, Nunes estreita laços com Lula e preocupa a oposição

Nunes Marques tem demonstrado uma postura pró-governo em algumas decisões, fortalecendo ainda mais sua posição no cenário político

Mudança de postura | Montagem/MeioNorte
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No quinto andar do Supremo Tribunal Federal (STF), o gabinete do ministro Nunes Marques, conhecido por receber uma romaria de advogados, tornou-se um ponto focal de mudança de alianças. Inicialmente nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o magistrado de 51 anos, prestes a assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2026, tem surpreendido ao se aproximar do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A mudança de rota do ministro, que votou contra a inelegibilidade de Lula, levanta preocupações entre parlamentares bolsonaristas, que antes o consideravam um aliado. Sua crescente influência nos tribunais federais e a recente nomeação de um aliado seu para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região durante a gestão de Lula aumentam as especulações sobre suas alianças políticas.

Os bastidores revelam que a proximidade de Nunes Marques com Lula começou a partir da relação com Gilmar Mendes, membro do STF com trânsito no Planalto. Após momentos de atrito, a trégua entre Nunes Marques e Gilmar Mendes, costurada por Guiomar Mendes, esposa do decano do STF, resultou em uma relação mais harmoniosa.

Além dos acenos políticos, casos importantes para o Planalto estão sob a responsabilidade de Nunes Marques, como a ação que questiona a redução do poder de voto da União na Eletrobras. O ministro tem demonstrado uma postura pró-governo em algumas decisões, fortalecendo ainda mais sua posição no cenário político.

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