A Força Tarefa Popular, um movimento que procura irregularidades nas gestões de municípios do Piauí, protocolou junto ao Conselho Nacional do Ministério Público na manhã de ontem petições reclamando a agilidade do Ministério Público do Estado em relação a denúncias feitas pela entidade. Os documentos acusam que pelo menos 90% dos promotores das comarcas interioranas são omissos perante os prefeitos que estão inadimplentes.
A falta de prestações de contas dos municípios perante o TCE é a primeira acusação listada pela Força Tarefa, o que seria agravado pela inércia dos promotores de Justiça. Atualmente, 105 municípios estão nesta situação. Foi denunciado de forma especial o fato de MP não responde rem as petições, o que constitui falta funcional grave.
A entidade reclamou também na demora nas ações penais contra prefeitos e ex-prefeitos de responsa bilidade do MPE, alegando que muitos deles correm o risco de terem os crimes prescritos. O fato já havia sido denunciado ao procura dor geral e a Corregedoria, mas não surtiu efeito. A entidade também denuncia morosidade em processos de municípios específicos, por desvios de recursos, obras inacabadas, entre outras irregularidades.
Por fim, a Força Tarefa cobrou a presença de promotores nas comarcas, uma reclamação que já havia chegado ao CNMP , que prometeu rigor em relação ao problema.
O corregedor do CNMP, Sandro José Neis, declarou que nenhuma denúncia será divulgada pelo órgão até a apresentação de um relatório sobre a audiência, em 30 dias. Hoje, a equipe do CNMP estará realizando
audiência no Ministério Público do Trabalho, na Avenida Miguel Rosa.