O Ministério Público que atua junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o compartilhamento das provas no inquérito que investiga a venda e recompra dos presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
No documento, Lucas Furtado, subprocurador-geral, também pede o compartilhamento da quebra dos sigilos bancários, nos Estados Unidos, do ex-presidente Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michele Bolsonaro
“Considerando, por um lado, que, no âmbito das novas apurações a serem empreendidas pelo TCU, poderão ser responsabilizados, além do ex-presidente, os agentes envolvidos nas transações de venda e de recompra, e, por outro, que o sucesso da investigação a ser empreendida pela Corte de Contas depende da colaboração dos órgãos envolvidos na apuração dessas irregularidades, solicito que Vossa Excelência promova o compartilhamento de provas julgadas aptas a demonstrar a participação dessas pessoas no ilegal processo de venda/recompra de bens pertencentes ao patrimônio da União, inclusive aquelas decorrentes da quebra de sigilo bancário do ex-presidente e sua esposa nos EUA”, escreveu Furtado.
A Polícia Federal está conduzindo uma investigação em relação a Jair Bolsonaro devido a kits de joias que foram presenteados pela Arábia Saudita. Estes kits, contendo artigos de luxo de alto valor, não foram devidamente declarados às autoridades alfandegárias quando ingressaram no Brasil.
Além disso, as apurações indicam que indivíduos próximos ao presidente efetuaram a venda dessas joias no exterior.