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Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal começa hoje a julgar 'kids pretos'

Militares de grupo do Exército foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República por planejar ataques a autoridades.

O plenário da Primeira Turma do STF | Foto: Reprodução/YouTube
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A Primeira Turma do STF começa a julgar, a partir desta terça-feira (11), a denúncia da PGR contra dez acusados de participar da tentativa de golpe de Estado em 2022. O grupo compõe o núcleo 3 da trama golpista e, segundo as investigações, teria planejado o assassinato de autoridades, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Os acusados também teriam pressionado comandantes militares e monitorado alvos para tentar impedir a posse de Lula, então presidente eleito. Além do dia 11, o STF reservou sessões nos dias 12, 18 e 19 de novembro para analisar o caso. A denúncia foi apresentada pela PGR em fevereiro deste ano e virou ação penal em maio. 

Quem são os réus

São dez acusados, todos apontados pela PGR como integrantes do núcleo operacional — entre eles militares da ativa e da reserva:

  • general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
  • tenente-coronel Hélio Ferreira Lima
  • tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira
  • tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo
  • Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal
  • coronel Bernardo Romão Corrêa Netto
  • coronel Fabrício Moreira de Bastos
  • coronel Marcio Nunes de Resende Júnior
  • tenente-coronel Sérgio Cavaliere de Medeiros
  • tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior

Segundo a acusação, vários dos envolvidos fazem parte dos chamados “kids pretos”, expressão utilizada para identificar grupos de “forças especiais” treinados para operações de alta complexidade.

O QUE DIZ A PGR

A PGR afirma que os réus executaram ações coercitivas para viabilizar o golpe, incluindo:

  • Monitoramento de autoridades

  • Elaboração de planos para assassinatos

  • Pressão sobre comandantes das Forças Armadas

  • Tentativa de mobilizar militares da ativa para aderirem ao movimento

Segundo a investigação, o grupo elaborou o plano chamado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa ataques contra:

  • O então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva

  • O então vice-presidente eleito Geraldo Alckmin

  • O ministro do STF Alexandre de Moraes

A denúncia também aponta que os militares usavam estruturas de comandos especiais para monitorar autoridades, obter rotinas de deslocamento e pressionar oficiais a aderirem ao golpe.

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