A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Nelson Ribeiro Fonseca Junior a 17 anos de prisão por envolvimento na invasão ao Congresso em 8 de janeiro, quando furtou uma bola autografada por Neymar.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) o denunciou pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, furto qualificado, associação criminosa armada e deterioração de patrimônio tombado.
O julgamento foi concluído nesta segunda-feira (30), com prevalência do voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, seguido pelos ministros Cármen Lúcia e Flávio Dino. O ministro Cristiano Zanin defendeu pena de 15 anos, enquanto Luiz Fux votou por 11 anos e 6 meses.
O réu admitiu que esteve no local dos fatos, mais especificamente no interior do Congresso Nacional, onde teria ingressado e subtraído uma bola de futebol autografada pelo jogador Neymar. A defesa alegou que o objeto foi retirado com o intuito de protegê-lo, mas, conforme argumenta o Parquet, a devolução da peça apenas 20 dias após os eventos descaracteriza essa justificativa e reforça o dolo na conduta, tratando-se, no máximo, de arrependimento posterior, sem relevância para fins de exclusão de ilicitude ou tipicidade, afirmou Moraes.