O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou a pessoas próximas o seu desejo de finalizar a reforma ministerial até quarta-feira, dia 30, um dia antes de sua viagem ao Piauí, onde está programado o lançamento do programa Brasil Sem Fome, em parceria com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.
A questão da reforma ministerial foi discutida na manhã desta segunda-feira, dia 28, no Palácio da Alvorada, durante a primeira reunião de Lula após seu retorno de uma série de compromissos no continente africano. As informações são do jornalista Guilherme Balza, da GloboNews.
A hipótese de dividir o Ministério do Desenvolvimento Social ganhou força nos últimos dias, segundo fontes do Planalto e do Centrão. Antes de viajar à África, Lula deu uma tarefa a Padilha de desenhar um cenário com a divisão da pasta. Na nova configuração elaborada pelo ministro, Wellington Dias continuaria ministro do Desenvolvimento Social, comandando o Bolsa Família e políticas de segurança alimentar e economia solidária.
Quanto ao novo ministério, ainda sem um nome oficial, há planos de designar o deputado federal André Fufuca, líder do PP, para liderar o setor. Nessa função, ele teria sob sua responsabilidade toda a rede de assistência social, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Fundo de Assistência Social, que receberá recursos das emendas parlamentares.
Embora a proposta ainda não tenha sido oficialmente apresentada ao Partido Progressista, fontes internas demonstram preocupações em relação a essa possibilidade, argumentando que o ministério poderia ficar com poucos recursos e atribuições. O Partido Progressista, liderado por Fufuca e Arthur Lira, também está em negociações para assumir o controle da Caixa Econômica Federal, sendo a ex-deputada Margarethe Coelho a candidata mais cotada.
Quanto ao Republicanos, inicialmente, havia a perspectiva de que o partido assumisse o Ministério de Portos e Aeroportos. No entanto, nos últimos dias, o Ministério do Esporte voltou a ser discutido como uma alternativa. Isso ocorre devido a divergências dentro do governo sobre a entrega dessa pasta ao partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Um ponto de contenda é o Porto de Santos, onde Tarcísio apoia a privatização da administração do terminal, enquanto o presidente Lula é contrário. Independentemente do ministério atribuído, o futuro ministro do Republicanos será o deputado Silvio Costa Filho, representando Pernambuco.