O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (30) que conversou com o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al-Thani, acerca de um refém brasileiro na Faixa de Gaza que, segundo ele, "ainda pode ser liberado por esses dias".
A assessoria de Lula especifica que essa afirmação refere-se a um cidadão brasileiro supostamente mantido como refém pelo grupo terrorista Hamas.
Embora o presidente não tenha mencionado nomes, também na manhã desta quinta-feira, a Embaixada do Brasil em Israel compartilhou em uma rede social um registro de uma reunião com a família de Michel Nisembaum, um israelo-brasileiro de 59 anos.
Lula fez a declaração em Doha, no Catar, após o encontro com o emir local. Posteriormente, partiu para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde participará da Cúpula do Clima (COP 28). O presidente expressou gratidão a Al-Thani pelo auxílio do Catar na liberação de brasileiros e familiares da Faixa de Gaza, que foram repatriados.
Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, o Catar tem atuado como mediador entre as partes. Lula mencionou que há brasileiros que desejam retornar e referiu-se à tentativa de liberação de um refém ao comentar o agradecimento.
"A segunda coisa de agradecimento ao Catar, porque o Catar teve um papel importante para liberação dos brasileiros que estavam na Faixa de Gaza, ainda tem mais brasileiros lá ainda, na liberação de um refém, sabe, que ainda pode ser liberado por esses dias. E eu vim agradecer [ao emir]", disse Lula.
Em Dubai, Lula terá um encontro com o presidente de Israel, Isaac Herzog, nesta sexta-feira (1º). A expectativa é de que ele trata da situação do refém durante a audiência.