O presidente do Equador, Rafael Correa, se reuniu nesta quarta-feira com a ministra de Desenvolvimento Social do Brasil, Tereza Campello, para conhecer com mais detalhes os programas de combate à fome, à pobreza extrema e à desnutrição do governo brasileiro.
Segundo fontes da Administração equatoriana, a reunião tem como objetivo compartilhar os resultados do Plano Brasil sem Miséria, um conjunto integrado de programas sociais, reconhecido pela ONU por seus resultados bem-sucedidos.
Durante os sete anos do governo Rafael Correa, o Equador reduziu a pobreza no país em 11 pontos percentuais, já que a mesma passou de 36.6% da população, em 2006, para 25.6% em 2013, o que significa que 1,1 milhão de pessoas deixaram de ser pobres.
A pobreza extrema no país chegou "pela primeira vez, a números de apenas um dígito (8,6%), já que durante o último ano de gestão governamental, aproximadamente 250 mil pessoas saíram da condição de extremamente pobres", afirmou um comunicado do governo.
"Estamos quebrando o círculo da pobreza e reduzindo a profunda desigualdade que existe em nosso país", garantiu a ministra coordenadora do Desenvolvimento Social do Equador, Cecilia Vaca Jones.
Para Correa, a experiência brasileira é um modelo social "muito bem-sucedido". O presidente equatoriano afirmou na semana passada, ao anunciar sua viagem ao país, que apesar de o Equador também ter planos sociais com bom desempenho, "a diferença é que nós somos 15 milhões de habitantes e no Brasil são 200 milhões".
"É muito mais complicado conduzir um país como o Brasil e, em algumas coisas, eles estão na frente, como, por exemplo, na consolidação dos programas sociais", disse o governante, que acrescentou que tem a intenção de conhecer projetos dedicados ao combate à pobreza e à desnutrição, assim como a "base de dados unificada para todos os programas sociais do Brasil".
O presidente equatoriano está no Brasil para participar das reuniões dos países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) com a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), mas sua agenda também inclui encontros sobre programas sociais e atividades acadêmicas.