A presidente Dilma Rousseff participou, na tarde desta sexta-feira (21) da inauguração da reforma do estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte. A presidente chegou de helicóptero no Centro Esportivo Universitário (CEU), na Pampulha, e visitou as instalações do estádio que vai abrigar jogos da Copa das Confederações, em 2013, e da Copa do Mundo de 2014. Em seu discurso, a presidente falou da importância que o estádio teve em sua vida, e lembrou que esteve no Mineirão há cerca de 50 anos, quando morava em Belo Horizonte.
"Estava calculando, junto ao ministro Aldo Rebelo, há quantos anos me sentei em uma cadeira aqui neste estádio. Foi há 50 anos atrás. Ao ver esse Mineirão da minha juventudade transformado em um belo estádio, vejo renovada a extraordinária capacidade de transformação dos mineiros e dos brasileiros", disse a presidente, que ainda elogiou a acuidade no cumprimento do prazo de entrega da conclusão da reforma, assumido pelo governo de Minas Gerais. "Nós, do Brasil, estamos dando uma demonstração para o mundo. De que nós somos bons dentro do campo, mas somos bons fora do campo também" completou.
Dilma chegou pelo hall principal do estádio e passou por dois lounges, onde cumprimentou autoridades. O governador do estado de Minas Gerais, Antonio Anastasia, acompanhou a presidente na visita. O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, José Elito Carvalho Siqueira, a ministra de Comunicação Social, Helena Chagas, os senadores Aécio Neves e Zezé Perrella, o secretário extraordinário para a Copa do Mundo de Minas Gerais, Thiago Lacerda, e o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, foram algumas das autoridades que estiveram no evento com a presidente.
Atletas que fizeram carreira em clubes de futebol de Minas Gerais, como Dadá Maravilha, Procópio Cardoso, Reinaldo, Dirceu Lopes, Éder Aleixo e Paulo Isidoro também estavam na inauguração. Eles também foram cumprimentados por Dilma.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, enviou em vídeo uma declaração sobre a inauguração do estádio, que foi exibido no novo telão de alta definição.
Após autografar e usar um boné de uma torcida organizado do Cruzeiro, a atleticana Dilma Rousseff assinou a bola oficial da Copa das Confederações, que ficará no museu no Mineirão. Em uma brincadeira, ela deu um chute simbólico na bola, ao lado do governador Anastasia. Depois, descerrou a placa que marca a entrega das obras do Mineirão.
Sobre os investimentos feitos na cidade para a Copa do Mundo de 2014, a presidente falou sobre o legado que será deixado para os belo-horizontinos, após o torneio mundial. "Nós estamos também pensando em um legado. Em um legado de benefícios deixados pelos expressivos investimentos na cidade. Aqui, em Belo Horizonte, além do Mineirão, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte e com o governo estadual, o governo federal participa das obras do metrô, das obras de (Aeroporto) Confins. E nós teremos, até o final de 2013, o Aeroporto de Confins renovado e reformado. A partir de setembro, ele será concedido para ser operado pela iniciativa privada, o que vai melhorar o atendimento dos funcionários", enumerou a presidente.
Logo após o discurso, a presidente deixou o estádio sem falar com a imprensa.
O novo estádio
Esplanada, restaurante panorâmico, camarotes, vestiários luxuosos, telões de alta definição. Durante dois anos, o canteiro de obras foi ganhando cara de estádio moderno. Três mil trabalhadores, de vários estados e até de fora do Brasil (12 do Haiti), participaram da reforma.
As obras no estádio tiveram início em 25 de janeiro de 2010. Naquele dia, o som das torcidas começou a dividir espaço com o das máquinas. A primeira etapa da reforma durou cinco meses. O Governo de Minas gastou R$ 8,3 milhões em reparos e reforço da estrutura. Mesmo com algumas partes interditadas, o estádio continuou recebendo obras até o dia em que fechou em definitivo, com o show do Skank.
Na segunda metade da reforma, partes da geral e das arquibancadas foram demolidas e o gramado, rebaixado. Foram quase seis meses de obras e quase R$ 3,5 milhões, também pagos pelo governo estadual.
A etapa mais cara foi a terceira: R$ 654,5 milhões, fechados em uma parceria do governo com a empresa Minas Arena, que venceu a licitação para realizar a última parte da reforma e, também, administrar o Mineirão por 25 anos.