O presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney, antevê uma catástrofe com uma bolha de inadimplência se formando com a explosão das apostas esportivas (bets) no Brasil. O executivo defende a proibição do pagamento das apostas via Pix.
"Se não for possível proibir de imediato o pagamento com Pix, ao menos que se estabeleçam limites de valores máximos para apostas [nessa modalidade de pagamento], tal como o BC já limita transações à noite", propõe Sidney. Segundo ele, o mínimo a fazer é não mais permitir que os beneficiários de programas sociais usem o Pix para fazer apostas.
IMPACTO NEGATIVO NA ECONOMIA
Se o ritmo de corrosão do orçamento das famílias com apostas for mantido, ele projeta um efeito dominó na economia brasileira, que impactará desde o pequeno comércio até as grandes empresas.
"Precisamos impedir que venha a explodir [a bolha]. Não podemos pagar para ver, e essa aposta não iremos fazer. Estamos, todos, à deriva e precisamos reencontrar a rota de volta para casa", afirma. "Não dá para brincar com coisa séria, que é a saúde financeira e mental das pessoas, e muito menos ficarmos à beira desse precipício", diz.
CARTÃO DE CRÉDITO SERÁ PROIBIDO
O uso do cartão de crédito para bets será proibido a partir de janeiro de 2025, e empresas do setor devem bloquear esse meio de pagamento já a partir de 1º de outubro. Para abastecer as contas nas plataformas sobrariam opções como o débito e TED.
(Com informações da FolhaPress - Adriana Fernandes)