A cerca de seis meses da realização da COP30, o presidente da conferência, André Corrêa do Lago, divulgou neste sábado (10) uma carta alertando para uma “perigosa tendência” de colapsos sucessivos provocados pelas mudanças climáticas. Segundo ele, esse cenário pode gerar um "efeito dominó" com consequências devastadoras, e só poderá ser evitado com cooperação internacional e ações concretas de baixo carbono.
A COP30 será realizada em novembro, em Belém (PA), e deve reunir representantes de mais de 190 países, especialistas, entidades ambientais e membros da sociedade civil para discutir avanços e desafios na implementação do Acordo de Paris.
Na carta, Corrêa do Lago destacou que o mundo enfrenta “sérios desafios geopolíticos, socioeconômicos e ambientais” e que é fundamental reforçar o multilateralismo para lidar com a crise climática.
“Unidos, podemos reverter a perigosa tendência rumo a colapsos sistêmicos sucessivos, em efeito dominó. [...] Ainda que o desafio seja imenso, temos de nos erguer e confrontá-lo”, escreveu.
O presidente da COP30 também defendeu a necessidade de aproximar o debate climático da vida real das pessoas, por meio da aceleração da implementação de políticas ambientais e ajustes estruturais em instituições públicas e privadas.