Presidente afastado da Coreia do Sul deve ficar em solitária na prisão

Operação para prender Yoon levou cerca de seis horas para ser concluída e foi dificultada por apoiadores. Ele permaneceu em silêncio durante interrogatório nesta quarta-feira (15).

Presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol | Foto: Reprodução/Instagram/sukyeol.yoo
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Preso após uma operação de seis horas, o presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi detido sob acusações de insurreição. Ele ficará em uma cela solitária no Centro de Detenção de Seul, maior e mais equipada que as padrão. Yoon foi preso na manhã de quarta-feira (15), horário local, após decretar lei marcial em dezembro para restringir direitos civis. 

As autoridades prepararam um questionário de mais de 200 páginas para Yoon Suk Yeol, que se manteve em silêncio e recusou gravações, segundo a Yonhap. O interrogatório, realizado em instalações com área de descanso, tem prazo de 48 horas, após o qual será solicitado um mandado para detenção de até 20 dias ou sua liberação. 

Yoon foi submetido a uma verificação de identidade e exame de saúde simples ao chegar ao Centro de Detenção de Seul, onde os detidos seguem uma rotina de 6h30 às 21h.

Operação para prender Yoon

Em 3 de janeiro, os investigadores tentaram prender Yoon, mas foram barrados por seguranças e guardas militares. Desta vez, um acordo com os guardas presidenciais permitiu o cumprimento do mandado, apesar da resistência de 6.500 apoiadores que formaram uma "corrente humana" diante da casa do presidente afastado, informou a Yonhap.

As autoridades cercaram gradualmente a residência de Yoon até conseguirem entrar. Apesar das tentativas de negociação pelos advogados do presidente afastado, os investigadores afirmaram que cumpririam o mandado. 

Em comunicado, Yoon classificou sua prisão como "deplorável" e afirmou ter aceitado depor para evitar "derramamento de sangue". Afastado desde dezembro, após o Congresso aprovar seu impeachment, ele aguarda decisão da Suprema Corte sobre sua destituição definitiva. 

LEI MARCIAL

Em dezembro, Yoon decretou lei marcial, restringindo direitos civis e tentando fechar a Assembleia Nacional, sem sucesso. Ele justificou a medida como proteção contra "forças comunistas norte-coreanas", em meio à baixa aprovação e conflitos com a oposição. Após a votação que o afastou, a Coreia do Sul é governada por um presidente interino.

 

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