Presas no mensalão pedem ao STF transferência ao Supremo Tribunal

Dirceu já havia encaminhado pedido semelhante na última segunda (18).

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Cinco presos no processo mensalão entraram com diferentes pedidos no STF (Supremo Tribunal Federal) nesta sexta-feira (22): de transferência para outros Estados a autorização para sair para trabalhar fora e estudar. Entre os condenados que recorreram à Corte está o ex-ministro José Dirceu, que reiterou pedido para migrar para o regime semiaberto.

Dirceu já havia encaminhado pedido semelhante na última segunda (18) e acabou sendo atendido. Ao lado dos ex-dirigentes petistas José Genoino e Delúbio Soares, ele foi transferido para uma prisão reservada a presos do semiaberto, localizada no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. No entanto, consta do andamento da ação penal 470, disponível no site do STF, o novo pedido. O teor deste pedido, porém, não foi divulgado pelo Supremo.

A ex-banqueira Kátia Rabello e Simone Paz, ex-funcionária de Marcos Valério, operador do mensalão, querem ser transferidas do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, para Minas Gerais.

No julgamento, Kátia foi condenada a 14 anos e 5 meses por lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta. Ela também foi condenada a 2 anos e 3 meses por formação de quadrilha, mas o tribunal ainda analisará recurso da defesa quanto a esse crime.

Simone Vasconcelos recebeu pena de 12 anos, 7 meses e 20 dias de prisão por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas. Ambas cumprem a pena em regime fechado. O publicitário Cristiano Paz, ex-sócio de Valério, também havia pedido transferência da Papuda para o seu Estado de origem, Minas Gerais, mas acabou desistindo do pedido.

Segundo documento apresentado hoje pela sua defesa, ele mudou de ideia após avaliar com a sua família que ele se encontrava "em local seguro" e, por isso, seria melhor ficar em Brasília.

Ele foi condenado a 23 anos, 8 meses e 20 dias de prisão por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e peculato. Paz também recebeu pena de 2 anos e 3 meses por formação de quadrilha, mas a Corte ainda analisará recurso.

O ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas ingressou com pedido no Supremo para que possa trabalhar fora da cadeia, cursar fisioterapia e visitar a família. Ele cumpre a pena de 5 anos por lavagem de dinheiro no regime semiaberto, o que lhe dá o direito a esse benefício.

Além dos cinco condenados que entraram com pedidos, outros seis condenados no julgamento estão presos em Brasília. Há ainda um condenado cujo mandado de prisão foi expedido que se encontra foragido na Itália.

O STF também expediu mandados para cumprimento de penas alternativas de outros três réus, que devem se apresentar no DF em dezembro. Aguarda-se ainda para qualquer momento a expedição de mandados para outros sete condenados.

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