O diretor geral do Instituto de Águas e Esgotos, Herbert Buenos Aires, reuniu-se em Teresina, com prefeitos do Médio Parnaíba para discutir a universalização dos serviços de água e esgoto no Piauí e a transferência das operações da Agespisa para o Instituto. A reunião faz parte de uma série de encontros que estão sendo realizados para discutir o tema. O próximo debate será em Simplício Medes, com prefeitos da região.
“Essas reuniões têm o objetivo de explicar aos gestores todo o processo que o Governo do Estado está desenvolvendo para enfrentar os déficits de saneamento aqui no Piauí e também começar a negociar com as prefeituras que têm contrato com a Agespisa a migração da operação para o Instituto. Da mesma forma, apresentar também uma proposta de trabalho para os prefeitos que o município não é atendido pela Agespisa”, explicou Herbert Buenos Aires.
De acordo com o prefeito do município de Hugo Napoleão e presidente da Associação dos Municípios da Micro Região do Médio Parnaíba (Ampar), Hélio Rodrigues, existe o interesse dos municípios do médio Parnaíba de firmar contrato com o Instituto. “A proposta tem uma boa possibilidade para ter investimento na área do esgotamento e do abastecimento de água. Então a gente vai sair, os municípios do médio Parnaíba. Vamos sair em bloco, trabalhar a minuta da lei para em seguida assinarmos o contrato”, falou o prefeito.
O Estado do Piauí, de acordo com o Plano Nacional de Saneamento Básico, deve ter a universalização dos serviços de água e esgoto realizada até o ano de 2033. Para tanto, o investimento necessário é de cerca de R$ 3,9 bilhões, dos quais R$ 2,2 bilhões são para o interior do estado. O Piauí possui hoje 67% de cobertura de água, mas somente 7% da população urbana e rural tem atendimento de esgoto, de acordo com dados do Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS) 2013.
O prefeito de Floresta, Avelar Lopes, concorda com a alternativa apresentada pelo Governo para solucionar os problemas de saneamento no interior. “Não vai ser da noite pro dia que vamos ter investimentos, mas já é um caminho porque do jeito que está não dá para continuar”, destacou o gestor.