O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), gerou controvérsia ao confirmar um plano de ação relacionado à situação de moradores em situação de rua. Entre as medidas anunciadas, está o fim da distribuição de marmitas nas ruas, uma decisão que já atraiu a atenção do Ministério Público e de outras instituições.
Durante a vistoria realizada na sexta-feira (17), nos pontos críticos como o Beco do Candeeiro, região da Rodoviária de Cuiabá, o Morro da Luz e o bairro Alvorada, Brunini, acompanhado do desembargador Orlando Perri e do promotor Henrique Schneider Neto, avaliou as condições precárias desses locais. O prefeito destacou os riscos à saúde pública decorrentes do acúmulo de lixo, consumo de drogas e insalubridade.
“Precisamos de uma solução. De imediato, vamos apresentar ao Ministério Público uma proposta de ação para que possamos desocupar este local. Não vamos mais permitir lugares como este sendo tratados dessa forma”, afirmou Brunini.
ações
Entre as ações propostas, está a criação de um centro de assistência no antigo prédio da Assistência Social, que contará com apoio psicológico e suporte das Secretarias de Saúde e de outras pastas. Além disso, será realizada uma limpeza nas áreas mencionadas, a partir de segunda-feira, pela Secretaria de Limpeza Urbana.
“Vamos fazer uma limpeza do local, possivelmente na segunda-feira, pela Secretaria de Limpeza Urbana. Vamos limpar e apresentar uma proposta de realocação, para que eles saiam deste ponto. Não vamos mais aceitar a continuidade desse sistema, sendo abastecido pelo tráfico de drogas em nosso município”, explicou o prefeito.
vigia mais
Outra medida prevista é a instalação de câmeras do Programa Vigia Mais, em parceria com o Governo do Estado, para monitorar as áreas e identificar fornecedores de produtos ilícitos. “Vamos instalar câmeras para rastrear criminosos. A proposta é suspender as facilidades que fazem com que as pessoas permaneçam nas ruas”, ressaltou Brunini.
inspeção
Ainda durante a inspeção, o prefeito reforçou a necessidade de redirecionar o atendimento às pessoas em situação de rua para espaços específicos.
“Não quero nem que a sociedade faça isso. Quero orientar a sociedade, as entidades religiosas, as associações: não entreguem marmitas nas ruas. Vamos estabelecer um local de refeição, o restaurante popular, o restaurante do Centro de Apoio que vamos desenvolver. Não queremos mais que isso continue. Todos que facilitam a permanência das pessoas nas ruas prejudicam todas as ações para tirá-las de lá”, declarou.
O debate sobre as medidas anunciadas está previsto para a próxima semana.