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Prefeito e vítimas de enchente quase entram em confronto físico

A situação saiu do controle quando um manifestante se colocou à frente do prefeito com uma faixa, impedindo sua passagem.

Prefeito no Rio Grande do Sul foi alvo de protestos em frente a sede administrativa. | Foto: Rodrigo Alves/oreporter.net
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Um protesto realizado por moradores de diversos bairros afetados pelas enchentes — Parque da Matriz, Jardim América, Eunice Velha e Jardim Atlântico — quase resultou em confronto físico na tarde desta sexta-feira (4), em frente à sede da Prefeitura de Cachoeirinha (RS). A mobilização incluiu apitos e palavras de ordem, com gritos de “queremos uma solução”, em meio à indignação pela falta de respostas efetivas do poder público.


Prefeito tenta diálogo, mas confusão se instala

O prefeito Cristian Wasem se dirigiu ao local da manifestação e tentou justificar que não receberia os representantes naquele momento, por considerar a ocasião inadequada. Ainda assim, afirmou que “a secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos tem feito a limpeza de bueiros, redes de esgoto e do Arroio Passinhos no Parque da Matriz”.

A situação saiu do controle quando um manifestante se colocou à frente do prefeito com uma faixa, impedindo sua passagem. Um segurança o empurrou e, visivelmente irritado, Cristian precisou ser contido e retirado do local. 


Cobrança por obras contra enchentes cresce

Os moradores seguem exigindo ações concretas para prevenir novas cheias do Arroio Passinhos e do Rio Gravataí. Apesar de esforços pontuais da prefeitura, falta clareza nos projetos e transparência nas ações. Vídeos do prefeito nas redes sociais são a principal forma de comunicação institucional, o que tem gerado críticas. Ele chegou a ser apelidado de “prefeito influencer”.


Clima político se agrava: pressão por impeachment

A crise na gestão Wasem não se resume à insatisfação popular. Nos bastidores, cresce a possibilidade de um processo de impeachment. 


Projeto de supersalários aumenta tensão com a Câmara

Outro foco de desgaste é o projeto enviado à Câmara de Vereadores que cria 15 cargos de Procurador Municipal, com salários de R$ 18 mil, além de benefícios. A proposta, que pode gerar até R$ 30 milhões em despesas até o fim do mandato, gerou críticas e resistência entre os parlamentares — inclusive da base aliada. “Embora haja justificativa legal para unificar os cargos, a condução não tem convencido”, avaliam interlocutores próximos.



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