O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, divulgou uma nota peculiar neste domingo, comentando os rumos de seu partido, PMDB, no Estado. Sem fazer referência direta à possibilidade da Executiva Estadual apoiar nacionalmente o candidato do PSDB, Aécio Neves, nem à chapa petista na disputa eleitoral fluminense, o prefeito diz que "depois da suruba, o que se vê agora é o bacanal
Aliados no âmbito nacional, onde Dilma Rousseff (PT) e seu vice, Michel Temer (PMDB), concorrem à reeleição, os partidos lançaram chapas distintas no Rio de Janeiro. Na sexta-feira, o petista Lindbergh Farias oficializou sua candidatura a governador tendo como parceiro na disputa ao Senado o ex-jogador e deputado federal Romário, do PSB, partido do presidenciável Eduardo Campos. O deputado federal Alfredo Sirkis, aliado de Marina Silva no PSB, declarou que a aliança é "orgiástica": "Isso não seria uma coligação mas uma suruba!"
O PMDB já tem como certa a candidatura do governador Luiz Fernando Pezão, e Paes defende que o senador Francisco Dornelles (PP) saia à reeleição na chapa. "Para que o Rio de Janeiro não corra o risco de voltar a ser um campo de batalha onde o maior prejudicado é o cidadão, eu continuo defendendo a chapa Dilma, Pezão e Dornelles", diz Paes no texto. Porém, existe a possibilidade do PMDB aceitar o DEM, de Cesar Maia, que concorreria ao Senado. Os democratas estão com Aécio na disputa nacional.
Confira a nota na íntegra:
Desde 2009, as brigas políticas que nada tinham a ver com o interesse do Rio de Janeiro e dos cariocas foram substituídas por uma aliança capaz de trazer muitas conquistas para a cidade. A parceria entre nós, da prefeitura, o presidente Lula e o governador Cabral - e agora a presidenta Dilma e o governador Pezão - tem permitido tirar do papel projetos há décadas prometidos e inviabilizados justamente pelos constantes desentendimentos entre governantes anteriores. O conjunto de avanços que o Rio e a população vêm colhendo nos últimos anos é resultado de uma soma de forças políticas que têm trabalhado de maneira coerente na busca por uma cidade melhor, mais justa e mais integrada. Em função dessa mesma coerência, e para que o Rio de Janeiro não corra o risco de voltar a ser um campo de batalha onde o maior prejudicado é o cidadão, eu continuo defendendo a chapa Dilma, Pezão e Dornelles. Depois da suruba, o que se vê agora é o bacanal eleitoral, e o Rio não pode ser vítima dele.