A sede da Prefeitura da cidade de Prado, no extremo sul da Bahia, funciona dentro das instalações de um antigo hotel, ao custo de aproximadamente R$ 10 mil por mês com pagamento de aluguel. É lá que secretários municipais, o prefeito Jonga Amaral e outros funcionários trabalham diariamente.
São dois pavimentos com 36 salas que antes funcionavam como quartos para hóspedes. Deste total, 29 são ocupadas hoje por sete secretarias. Outra antiga suíte serve de depósito para os antigos móveis do hotel e seis estão desativadas. Os guarda-roupas viraram armários e no local onde funcionava o refeitório, hoje está a sala de tributos.
Uma piscina abastecida com 327 mil litros de água é mantida na área externa do estabelecimento hoteleiro que virou prefeitura. De acordo com servidores municipais, a limpeza da piscina é feita quatro vezes por semana pelos próprios funcionários. O espaço é utilizado por cerca de 150 pessoas, entre jovens e adultos, integrantes do Núcleo de Apoio à Família (Nasf), que fazem hidroginástica de segunda a sexta-feira.
De acordo com o prefeito Jonga Amaral, o hotel foi escolhido porque ainda não foi possível construir uma sede própria. ?O município não tem condições de construir hoje uma prefeitura. Em segundo lugar, parte da prefeitura funcionava em uma pousada. A gente mudou de uma pousada para um hotel. E o município não tem aqui nenhum espaço físico que atendesse essa necessidade nossa. Mas ali [no contrato com o dono do hotel] não existe nenhum acordo político, nem acordo de amigo", afirma o gestor municipal.