O deputado federal Marcelo Castro disse que a decisão do ministro do STF, Luíz Fux, de proibir a apreciação do veto da presidente Dilma ao projeto de divisão igualitária dos royalties do petróleo, foi ?uma pataquada, um jogo combinado?. O ministro disse que só se poderia votar a derrubada do veto da presidente se fossem votados antes todos os 3060 vetos pendentes no congresso.
A decisão de Luíz Fux, que é carioca, atrapalhou até mesmo a votação do orçamento federal para 2013, que agora só poderá ser votado em fevereiro. ?Agora, ele volta atrás dizendo que só não podia votar os vetos, e fica com cara de pateta para a opinião pública?, disse Marcelo Castro ao meionorte.com. ?O ministro julgou a matéria por conveniência?.
Marcelo Castro disse ter ficado muito frustrado e abatido com o adiamento da votação do veto para 2013. ?Uma coisa tão simples, tão óbvia, tão cristalina, e é essa dificuldade toda?, lamentou. Projetos de divisão igualitária dos royalties do pré-sal já recebem dois vetos presidenciais, um de Lula e outro de Dilma, e já foi votado seis vezes, todas com votação esmagadora do lado a favor.
O deputado brincou dizendo que ?estão fazendo o contrário do Robin Hood: estão tirando dos pobres para dar aos ricos?. ?É uma riqueza da União, está no mar, e por isso pertence a todos os brasileiros, e querem que fique 82% dela só para um estado, o Rio de Janeiro?, disse. Segundo Marcelo Castro, são R$ 32 bilhões para 2013. Ele, entretanto, não desanima e afirma que o veto será derrubado no ano que vem, e que os recursos serão divididos: ?Não tem Lula, não tem Dilma, não tem Fux: ninguém está acima da nação brasileira?.