O Partido dos Trabalhadores prepara-se para disputar as eleições de 2010 sem duas das suas principais estrelas. Foi com essa definição que o deputado estadual Fábio Novo destacou o futuro da sigla no Brasil e no Piauí, referindo-se ao presidente Lula e ao governador Wellington Dias.
Reeleito presidente regional do PT, a posse de Novo foi realizada na noite de ontem e contou com a presença de três dos quatro pré-candidatos da base aliada, que reafirmaram a união do grupo em torno do projeto encabeçado por Dias durante sete anos.
O senador João Vicente Claudino, pré-candidato pelo PTB a governador, acredita, porém, que os petistas ainda poderão ter Dias disputando uma eleição, dessa vez, ao Senado Federal. "O PT não precisa perder o Wellington porque todos nós queremos ele como senador", justifica Claudino.
Para o petebista, "não precisa ser provado dia e noite que a base está unida, porque ela está". JVC afirma que as divergências dentro do bloco governista são saudáveis e não implicam, necessariamente, em um "racha".
"O próprio PT tem um debate ideológico muito forte dentro do partido, e mesmo que explorem isso como divergência negativa, só fortalece ainda mais o entendimento. Os 11 partidos que compõem a base também se fortalecem com a discussão de ideias e interesses", argumenta.
A opinião do petebista é compartilhada pelo deputado federal Marcelo Castro, pré-candidato do PMDB. "Sempre tivemos esse sentimento de manter a base unida, entendemos que o trabalho que esta sendo feito pelo governador e por todos os partidos de sustentação do governo deve prosse-guir", diz, ressaltando que o desejo do PMDB é dar continuidade ao atual projeto governista.
Dias lembrou que a aposta do partido que comanda o Palácio de Karnak desde 2003 está concentrada nas novas gerações. "O Fábio Novo tem a confiança da ampla maioria dos filiados do PT e representa o futuro do partido, pois além de jovem é do interior do Estado".
Novo, que foi reeleito com 70% dos votos concorrendo com Rosângela Sousa e Adalberto Pereira, destacou que o PT pretende avaliar o que já foi feito e apresentar para a sociedade piauiense o projeto para o Estado.
"Faremos a caravana dos 30 anos da sigla e a ideia principal para esses próximos três anos é trabalhar a formação política dos filiados", avalia. (S.B.)