O Partido Progressistas (PP) passou a discutir internamente a possibilidade de lançar candidato próprio ao governo de São Paulo nas eleições do próximo ano, em oposição ao atual governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A informação foi revelada pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo, e indica um possível redesenho das alianças no maior colégio eleitoral do país.
INSATISFAÇÃO NA BASE
Segundo a publicação, a movimentação ocorre diante de um “crescente descontentamento de prefeitos” da legenda e de “queixas recorrentes sobre a falta de atenção a parlamentares” do partido. Internamente, dirigentes avaliam que há falhas no diálogo com o Executivo paulista e relatam “dificuldades de comunicação e uma ‘percepção de distanciamento’” entre o Palácio dos Bandeirantes e o PP, tanto no âmbito estadual quanto nacional.
COMANDO DO PARTIDO
Atualmente, o PP é comandado nacionalmente pelo senador Ciro Nogueira (PI) e, em São Paulo, pelo deputado federal Mauricio Neves. Na análise feita pela cúpula da sigla, a relação com o governo estadual não tem sido suficiente para atender às demandas políticas do partido, que mantém 54 prefeitos em território paulista.
DESGASTE COM O GOVERNO
Outro fator citado como relevante para o desgaste é a avaliação de que houve “insuficiente apoio público e concreto” do governador Tarcísio de Freitas ao ex-secretário de Segurança Pública Guilherme Derrite, pré-candidato ao Senado com respaldo da família Bolsonaro. Para dirigentes do PP, a postura do governador nesse episódio contribuiu para ampliar o distanciamento entre o partido e a gestão estadual.