Levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que pelo menos 53 prefeituras piauienses promoveram uma redução no quadro de funcionários para adequar as contas municipais, além disso, outros 51 entes alteraram o horário de expediente nos órgãos públicos e 75 municípios reduziram as despesas de custeio.
As ações vislumbraram uma adequação a crise econômica, com a pandemia do novo coronavírus houve uma perda na arrecadação e uma série de desafios surgiram para os líderes do Poder Executivo.
Além disso, o balanço da CNM aponta que pelo menos 42 municípios do Piauí estão com pagamentos para os fornecedores atrasados.
Cabe indicar que dados catalogados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que mais de 90% dos municípios piauienses têm a administração pública como principal atividade econômica, ou seja, são dependentes do setor público. Nisto, o grau de dependência supera a marca de 70% em alguns entes do Estado.
Para se ter uma ideia, os dez municípios que apresentaram maior dependência da APU, em 2018, tiveram essa atividade respondendo por 70,7% a 78,3% do VAB (valor adicionado bruto) municipal. Foram eles: Santo Antônio dos Milagres, Campo Largo do Piauí, Lagoa de São Francisco, Fartura do Piauí, São Luís do Piauí, São João da Varjota, Nossa Senhora dos Remédios, São João do Arraial, Madeiro e Jardim do Mulato. Vale destacar que estes municípios apresentaram atividade econômica de pouca expressividade, baixa população e os menores PIBs per capita.