Políticos ocupam altos cargos no mundo e assumiram ser homossexuais

Eduardo Leite se tornou o primeiro governador na história do Brasil a assumir ser gay.

Buttigieg (direita) apareceu com seu marido em diversos momentos da campanha para Presidência | Getty Images
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A decisão do governador Eduardo Leite (PSDB) de assumir ser homossexual é um fato pouco comum na política brasileira. Ele se tornou o primeiro governador na história do Brasil a assumir ser gay.

Os casos de políticos assumidamente homossexuais são raros no Brasil — como os ex-deputados Jean Wyllis (PSOL-RJ) e Clodovil Hernandes (PTC-SP e PR-SP, falecido em 2009), o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ, que substituiu Wyllis quando este renunciou, em 2019) e o ex-prefeito de Lins (SP), Edgar de Souza (PSDB).

Eduardo Leite se tornou o primeiro governador brasileiro a assumir sua homossexualidade (CRÉDITO,GUSTAVO MANSUR / PALÁCIO PIRATINI)

Dois chefes de governo gays

No restante do mundo, alguns políticos gays alcançaram altos cargos. Atualmente apenas dois políticos abertamente gays são chefes de governo — em Luxemburgo e na Sérvia. Bélgica, Islândia e Irlanda também tiveram chefes de governo homossexuais no passado (a Noruega chegou a ter um chefe de Estado interino gay). Todos são europeus.

O premiê de Luxemburgo, Xavier Bettel (direita), casou-se com Gauthier Destenay em 2015 (GETTY IMAGES)

Em 2009, a Islândia elegeu a ex-aeromoça e líder sindical Johanna Sigurdardottir como primeira-ministra. Ela foi a primeira chefe de Estado do mundo abertamente homossexual no mundo.

Atualmente, o único chefe de Estado gay na União Europeia é o primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel. Ele chegou ao cargo em 2013 e casou-se dois anos depois com seu parceiro, após a introdução de uma nova lei permitindo casamentos gays. Bettel foi reeleito.

Premiê da Sérvia, Ana Brnabic, é criticada por ativistas LGBT por não fazer o suficiente para defender os direitos dos homossexuais no país. (GETTY IMAGES)

Ana Brnabic

Considerado um país de linha conservadora, a Sérvia elegeu Ana Brnabic em 2017 — a primeira mulher e primeira homossexual a ocupar o cargo. No ano seguinte, ativistas da comunidade LGBT criticaram Brnabic por não atuar em favor das pautas de direitos sociais e chegaram a fazer uma campanha para que a premiê não participasse de uma das paradas do Orgulho Gay do país.

Em 2019, a parceira de Ana Brnabic deu à luz ao filho do casal — a primeira vez no mundo em que um chefe de Estado gay tem um filho no cargo.

Buttigieg (direita) apareceu com seu marido em diversos momentos da campanha para Presidência; hoje ele é ministro de Joe Biden (Getty Images)

Estados Unidos

Nos EUA, o primeiro político abertamente gay a ter proeminência foi Harvey Milk, do partido Democrata, que se elegeu vereador de San Francisco nos anos 1970.

Ex-militar e combatente na Guerra da Coreia, Milk tornou-se um ícone entre ativistas por defender direitos de pessoas homossexuais. Ele foi assassinado em 1978 dentro da prefeitura de San Francisco por um adversário político, que também matou o prefeito da cidade no mesmo incidente.

Um dos políticos mais famosos a assumir sua homossexualidade foi o democrata Barney Frank, que atuou como deputado entre 1981 e 2013. Ao longo dos anos, ele foi um dos parlamentares mais influentes do Congresso americano.

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