
Ricardo Cappelli, ex-interventor federal na segurança do Distrito Federal, expressou apoio ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, e se posicionou "totalmente contra" o projeto de lei que propõe anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Em entrevista ao Podcast do jornal Correio Braziliense, nesta quinta-feira (12), Cappelli destacou a gravidade dos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília e reforçou sua oposição ao perdão para os responsáveis pelos atos.
“Eu sou totalmente contra. No Capitólio, durante a invasão do Congresso dos Estados Unidos, morreram 6 pessoas. Aqui, por muito pouco, não morreu ninguém, mas foi por um detalhe que não morreu”, disse.
“A soldado da polícia militar, soldado Marcela, foi machucada. Eles deram com uma barra de ferro na cabeça dela, racharam o capacete dela, um capacete que pesa quase 4 kg eles racharam com a barra de ferro. Ela foi salva por um sargento no ato de bravura”, acrescentou.
“ELES IAM ME FINALIZAR”
Cappelli relatou conversa com a soldado, atacada em 8 de janeiro de 2023. “Ela me falou, ‘interventor, eles racharam meu capacete com barra de ferro, retiraram o capacete, e eles iam me finalizar’. Isso não é brincadeira”.
“Anistia para quem tenta matar um policial militar em serviço, não é possível. Sou absolutamente contra isso”, enfatizou.
APOIO A ALEXANDRE DE MORAES
“Veja, eu dou total confiança e dou o apoio na condução que o ministro Alexandre de Moraes tá dando para todos esses processos. O que aconteceu não foi um passeio no parque.”
“Não pode. O patrimônio que foi depredado, além claro de ser um ataque às instituições, quem é que pagou aquilo? Fomos nós aqui e as pessoas que estão nos ouvindo”, chamou a atenção.
“Porque depois quebram tudo, quebram os vidros, atacam as instituições e a gente trata como ‘ah o pessoal estava brincando’, isso não é brincadeira. Eu acho que o ministro Alexandre de Moraes tem sido muito firme e acho necessário ser firme e duro para que nunca mais se repita”, defendeu Ricardo Cappelli.