A Polícia Federal (PF) irá fiscalizar as marmitas recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto estiver preso. A decisão, que autoriza a “alimentação especial”, foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, após pedido da defesa. O ministro determinou que a entrega da comida seja feita por uma pessoa previamente cadastrada e em horário definido pela PF.
Decisão de Moraes
“Em virtude do pedido de JAIR MESSIAS BOLSONARO de alimentação especial, AUTORIZO sua entrega por pessoa previamente cadastrada [...] e no horário fixado pela Polícia Federal, que deverá fiscalizar e registrar o que for entregue”, escreveu Moraes.
Bolsonaro está preso desde sábado (22) na Superintendência da PF, em Brasília, após ter a prisão domiciliar convertida em preventiva por violação da tornozeleira eletrônica.
Trânsito em julgado e manutenção da prisão
Na terça-feira (25), o STF decretou o trânsito em julgado da ação sobre o plano de golpe de Estado, determinando a execução das penas do núcleo 1 — grupo do qual Bolsonaro faz parte. Moraes decidiu que o ex-presidente continuará na PF para cumprimento da pena.
Condenação e acusações
O ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado.
Segundo a denúncia, Bolsonaro teria:
liderado uma organização criminosa para planejar um golpe de Estado
articulado ataques às urnas e incitado intervenção militar
usado estruturas do Estado, como a PRF e a Abin, para interferir no processo eleitoral e disseminar informações falsas