Polícia Federal prende candidato a prefeito com quase R$ 12 mil

Por ser um crime afiançável, foi arbitrado o valor de R$ 80 mil

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O candidato a prefeito de Camutanga  Doda Soares (PR) foi conduzido ao Cartório Eleitoral de Itambé, ambos municípios da Zona da Mata de Pernambuco, nesta sábado (1º). De acordo com a promotora Fabiana Machado, o candidato foi localizado pela Polícia Militar em Ferreiros, cidade vizinha a Camutanga, com quase R$ 12 mil dentro do carro.

A casa de Soares foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão no município cumpridos na sexta (30) em uma operação para coibir compra de votos. "Como ele estava muito visado por causa do mandado de busca e apreensão, a Polícia Militar o localizou. Na denúncia inicial, a gente tinha uma informação de uma grande quantia em dinheiro e indentificamos parte na casa dele", explica a promotora.

A Polícia Federal foi acionado e se dirigiu ao local para realização do flagrante. "Foram quase R$ 12 mil pegos com o próprio candidato. Como teve os mandados para a casa dele e hoje ele continuou com essa prática, pedimos a fiança. O crime é de compra de votos", aponta Fabiana Machado.

Por ser um crime afiançável, foi arbitrado o valor de R$ 80 mil. 

Apreensão

A ação conjunta da Polícia Federal com a Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral, apreendeu quase R$ 30 mil em espécie e uma lista com indicações de benefícios em Camutanga, na Zona da Mata de Pernambuco. A apreensão aconteceu em cumprimento de três mandados de busca e apreensão.

Os mandados foram expedidos pela Juíza da 27ª Zona Eleitoral de Itambé, responsável também pelo município. A operação, que contou com apoio das polícias Civil e Militar, aconteceu na sexta-feira (30) e foi divulgada somente neste sábado (1º). Os candidatos não estavam no local no momento da apreensão.

As listas encontradas tinham relação de eleitores e benefícios como material de construção, próteses, valores em espécie, passagens aéreas, combustível, custeio de exames e medicamentos. Uma delas, segundo a PF, somaria valores em torno de R$ 1 milhão, caso fosse cumprida.

Um inquérito vai ser instaurado pela Polícia Federal para investigar o caso e indiciar os possíveis responsáveis, caso fique caracterizado crime eleitoral. O crime de compra de votos está previsto no artigo 299 do Código Eleitoral, com pena de até quatro anos de reclusão e pagamento de multa.

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