Polícia Federal acha dispositivos para roubar dados no prédio do INSS

Nenhum dado de beneficiário foi roubado, segundo a PF. Isso porque o sistema do INSS está criptografado desde maio.

Sede do INSS em Brasília | Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A Polícia Federal encontrou dispositivos ilegais e clandestinos instalados em computadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Brasília, com o objetivo de roubar dados. A descoberta foi inicialmente divulgada pelo Metrópoles e confirmada pela TV Globo.

Segundo a PF, nenhum dado de beneficiário foi roubado, pois o sistema do INSS está criptografado desde maio. Os dispositivos irregulares, conhecidos como chupa-cabras, foram encontrados em vários andares do prédio do INSS, incluindo o andar da Presidência.

INVESTIGAÇÃO EM ANDAMENTO

A investigação continua em andamento, e a PF não apresentou nomes ou suspeitos. Internamente, há a suspeita de que alguém de dentro do INSS tenha instalado os equipamentos recentemente.

No dia 26 de junho, servidores do INSS notaram uma lentidão extrema no sistema de monitoramento de dados. Após uma varredura inicial, técnicos encontraram três dispositivos eletrônicos na rede de computadores. A Polícia Federal foi acionada e descobriu mais quatro, totalizando sete dispositivos.

A polícia recolheu vestígios, imagens do circuito interno de TV e ouviu servidores. Um ofício foi enviado ao chefe da divisão de crimes fazendários. A varredura, motivada por anomalias na rede, começou no nono andar, onde havia mais reclamações, e encontrou dispositivos até no décimo andar, onde funciona a presidência.

DISPOSITIVO SUSPEITO

A equipe de tecnologia do INSS descartou a hipótese de que os dispositivos tenham sido instalados legitimamente pela manutenção para melhorar o tráfego de dados. Segundo o responsável pela varredura, foi a primeira vez que um dispositivo suspeito foi detectado.

Os investigadores informaram que dispositivos desse tipo têm sido encontrados em várias agências desde 2022. O TCU havia solicitado ao INSS uma revisão do sistema de segurança, anteriormente monitorado por ex-funcionários. O INSS garantiu que, desde maio, o sistema está criptografado e ninguém conseguiu acessá-lo.

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