O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou nesta quinta-feira que o PMDB votará com o governo na questão do salário mínimo. "O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), já me autorizou a incluir o PMDB na lista de partidos que vão ficar 100% com o governo sobre o salário mínimo".
O governo defende um mínimo de R$ 545 para este ano, com a manutenção da política de valorização do mínimo estabelecida em 2006, que determina a valorização com base na variação do Produto Interno Bruto de dois anos antes e na expectativa de inflação do ano anterior.
O líder do governo disse que "vai trabalhar para convencer toda a base aliada", formada por 18 partidos. "Se não conseguirmos, vou trabalhar para vencer a votação". O governo tem mantido conversas com as centrais sindicais sobre o valor do mínimo, já que as lideranças das entidades defendem o mínimo de R$ 580, como uma "excepcionalidade" ao acordo, por conta do crescimento do País.
A posição do governo é contrária a qualquer excepcionalidade. "Já sabemos que em 2012 haverá um aumento robusto do mínimo, acima de 11%. Então para 2011, o aumento é para R$ 545". Nesta sexta-feira, representantes do governo e de seis centrais sindicais devem se reunir para debater o mínimo e também a correção da tabela do imposto de renda, reivindicada pelas centrais.
A lei que estabelece as diretrizes para a política de valorização do mínimo até 2023 prevê que o Executivo terá de encaminhar ao Congresso um projeto sobre a política de valorização, com regras de aumento real a serem adotadas para os períodos de 2012 a 2015, 2016 a 2019 e 2020 a 2023.