PMDB quer reunir 3 mil neste sábado em festa de filiação de Chalita

Com a promessa de ser candidato à Prefeitura de São Paulo, Chalita se diz “muito empolgado” com a eleição do ano que vem

O deputado Gabriel Chalita em reunião da bancada do PSB na Câmara | Saulo Cruz
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O deputado federal Gabriel Chalita (SP) se prepara para deixar o PSB e migrar para o PMDB no próximo sábado, dia 4. Na festa, na Assembleia Legislativa de São Paulo, o PMDB pretende reunir mais de 3 mil pessoas, entre governadores, prefeitos e lideranças do partido

?Vamos fazer uma grande recepção para o Chalita na Assembléia Legislativa. Esperamos até a presença de petistas. Chalita convidou, inclusive, a senadora Marta Suplicy?, disse o presidente do PMDB, Valdir Raupp, ao G1.

Com a promessa de ser candidato à Prefeitura de São Paulo, Chalita se diz ?muito empolgado? com a eleição do ano que vem. O deputado afirma que políticos tradicionais do partido, como o presidente do Senado, José Sarney, o líder do governo no Senado, Romero Jucá e o senador Renan Calheiros, "somam" e são "bem-vindos" no seu palanque.

?O PMDB tem uma história fantástica. Todas essas grandes figuras têm história. Todos têm história importante na nossa democracia, significam muito para o país, ajudaram a construir o Brasil que somos hoje. E, claro, todos eles têm defeitos e muitas qualidades?, afirmou em entrevista ao G1.

Vereador campeão de votos em São Paulo, Chalita se desligou do PSDB em setembro de 2009 para se filiar ao PSB. Em outubro de 2010, ele saiu vitorioso na disputa para deputado federal.

O deputado disse que deixará o PSB por ter sido ?discriminado?. Segundo ele, se o partido reivindicar seu mandato na Justiça, ele contestará a ação com argumentos jurídicos.

Pela lei da fidelidade partidária, aprovada em 2007, o mandato pertence ao partido e não ao parlamentar.

?Eu fui o deputado mais votado do PSB e, por exemplo, não faço parte de nenhuma estrutura partidária do PSB, não estou em nenhuma Executiva, liderança, diretório municipal, estadual. Mas isso é uma questão mais para a frente?, afirmou.

No ano passado, no PSB, Chalita esperava ser candidato ao Senado, o que não aconteceu. ?Espero que o PSB não peça meu mandato porque eu tive mais votos que o coeficiente eleitoral. Eu ajudei o partido. (..) Não quero fazer criticas ao partido, mas eles sabem que havia um projeto político lá e não aconteceu?, queixou-se.

Chalita descarta uma disputa interna no PMDB pela vaga de candidato à Prefeitura de São Paulo com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, recém-filiado ao partido.

?Houve uma reunião na casa do Temer em que tudo ficou claro, que o pré-candidato do PMDB sou eu, o convite do partido foi esse para mim. Skaf vem para somar. O PMDB está unido, não terá briga?, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de prévias para definição da candidatura do partido, Raupp disse que o tema caberia ao diretório municipal do partido, mas que ?Skaf é uma aposta para 2014?. ?Ficou acordado isso quando falamos com Chalita?, disse Raupp.

No evento de filiação, o PMDB espera reunir o vice-presidente da República, Michel Temer, o governador do Rio, Sérgio Cabral, além de lideranças de outros partidos, como o líder do governo na Cãmara, Cândido Vaccarezza, e Marta Suplicy, senadora do PT de São Paulo.

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